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Vítimas da talidomida criam aliança internacional

7 de janeiro de 2008
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Portadores da síndrome da talidomida fundaram no domingo (06/01) em Wesseling, nas proximidades de Colônia (Alemanha), uma aliança internacional da qual participam representantes das associações alemãs de vítimas do sonífero, bem como do Canadá, do Reino Unido, da Suécia e da Espanha. Segundo os organizadores, a aliança congrega mais de 1.600 pessoas.

A iniciativa tem por meta impor o aumento da pensão especial que cabe aos portadores da sindrome para uma média de 2.100 euros por mês, assim como uma indenização de em média 1 milhão de euros por vítima.

Segundo representantes da associação alemã das vítimas – BCG –, as regras atualmente vigentes estão ultrapassadas, porque na época em que foram acertadas ninguém acreditava que os portadores da síndrome teriam uma expectativa de vida.

Em fins da década de 50 e inícios dos anos 60, milhares de crianças nasceram em várias partes do mundo com deformidades físicas porque as mães haviam ingerido durante a gravidez o sonífero talidomida, fabricado pelo empresa farmacêutica alemã Grünenthal.

Em acordo realizado em 1971, a Grünenthal depositou 100 milhões de marcos alemães (correspondentes a cerca de 51 milhões de euros) num fundo especial, e o governo federal outros 100 milhões. Os recursos já acabaram em 1997. Desde então, a pensão de no máximo 545 euros por mês é bancada exclusivamente pelos cofres federais.

Em dezembro de 2007, realizou-se pela primeira vez um encontro entre representantes da BCG e o diretor executivo da Grünenthal, Sebastian Wirtz. Agora a aliança internacional exige uma reelaboração de toda a história da talidomida. (lk)