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Parlamento grego analisa segunda rodada de reformas

21 de julho de 2015

Governo de Tsipras se prepara para nova prova de força no Parlamento grego, que vai analisar a segunda rodada das reformas prometidas em troca da ajuda internacional.

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Foto: Reuters/C. Hartmann

O governo da Grécia apresentou, nesta terça-feira (21/07), o projeto de lei sobre o segundo lote de medidas que precisam ser aprovadas para que o país receba nova ajuda financeira internacional.

A votação no Parlamento está marcada para a noite desta quarta-feira – data prometida pelo governo para a aprovação da segunda rodada de reformas. Trata-se de um novo teste para o primeiro-ministro Alexis Tsipras, que enfrenta a rebelião da bancada do seu partido, o radical de esquerda Syriza.

Esse segundo pacote de reformas faz mudanças no código civil (para agilizar processos e reduzir os seus custos) e incorpora na legislação a diretiva europeia BRRD, que se refere ao saneamento de bancos e à garantia dos depósitos até 100 mil euros.

Devido à urgência para a aprovação, está previsto que os tópicos sejam analisados em comissões ao longo de toda a quarta-feira e, no início da noite, as medidas sejam debatidas e votadas.

Na última quarta-feira, Tsipras levou adiante uma série de reformas impopulares no Parlamento, incluindo mudanças nos impostos e nas aposentadorias. As reformas só foram possíveis com o apoio da bancada pró-europeia dos partidos de oposição. No Syriza, 32 dos 149 parlamentares votaram contra as medidas e seis se abstiveram.

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Protestos e controvérsias

A reforma do código civil provocou mal-estar entre juízes e advogados, que criticam a falta de informações sobre a mudança prevista. O aumento de 13% para 26% na taxação dos lucros dos agricultores provocou a oposição de vários deputados da base governista e dos partidos da oposição, que têm entre os agricultores uma importante base eleitoral.

O sindicato dos servidores públicos (Adedy) disse que vai organizar um protesto contra o novo pacote de medidas na quarta-feira à noite, durante a votação de emergência no Parlamento. O governo grego, liderado pelo Syriza, concordou semana passada em levar adiante reformas para receber, em troca, três anos de ajuda internacional no valor de 86 bilhões de euros.

Analistas adiantam que Tsipras, que governa numa coalizão de seu partido com o nacionalista Gregos Independentes, será forçado a convocar novas eleições se a revolta no Syriza continuar. Mas o premiê, no poder há apenas seis meses, espera enfrentar pouca resistência do seu partido na votação desta quarta-feira.

MP/lusa/afp