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Japão instala sistema antimíssil frente às ameaças da Coreia do Norte

9 de abril de 2013

Duas unidades são instaladas no centro da capital Tóquio e reforçam a capacidade já existente no Mar do Japão. Na Coreia do Norte, complexo industrial de Kaesong não está funcionando.

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O Japão instala pelo menos duas unidades Patriot Advanced Capability-3 (PAC-3)Foto: Reuters/Kyodo

Diante das ameaças de um eventual ataque da Coreia do Norte, o Japão instalou, no centro de Tóquio, um sistema de defesa para interceptar possíveis lançamentos de mísseis.

Segundo o Ministério da Defesa, o Japão recorreu a pelo menos duas unidades Patriot Advanced Capability-3 (PAC-3) para proteger as 30 milhões de pessoas que vivem na região metropolitana da capital, mas não revelou detalhes do plano de contingência.

“O governo está fazendo o máximo esforço para proteger as vidas de nosso povo e garantir sua segurança”, disse o primeiro-ministro Shinzo Abe. Mais duas unidades antimísseis devem ser instaladas nas bases militares de Asaka e Narashino. Os sistemas reforçam a capacidade já instalada no Mar do Japão.

Trabalho em Kaesong suspenso

Funcionários norte-coreanos do complexo industrial de Kaesong, único projeto comum em vigor das duas Coreias, não se apresentaram a seus postos de trabalho nesta terça-feira, levando à interrupção das atividades das fábricas.

Desde que entrou em operação, em 2004, esta é a primeira paralisação do complexo industrial. O complexo de Kaesong emprega 53.000 norte-coreanos e é uma das poucas fontes de recursos do país.

O regime comunista anunciou na segunda-feira que retiraria todos os seus trabalhadores de Kaesong após bloquear por seis dias o acesso de sul-coreanos ao complexo localizado em seu território, como parte da intensa campanha de ameaças que mantém desde março.

A tensão na península coreana aumentou após o terceiro teste nuclear feito pelo governo em Pyongyang, em fevereiro, e depois de as Nações Unidas terem elevado as sanções ao país do ditador Kim Jon-un, que tem feito ameaças quase diárias à Coreia do Sul e aos Estados Unidos.

MAM/lusa/afp/rtr