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EUA adiam teste de míssil intercontinental

7 de abril de 2013

Medida pretende evitar "mal entendido" com a Coreia do Norte, mas norte-americanos não excluem possibilidade de ataque por parte de Pyongyang. China quer promover diálogo para acabar com a tensão na região.

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Foto: picture alliance/Everett Collection

Enquanto as tensões diplomáticas com a Coreia do Norte aumentam, os Estados Unidos informaram neste sábado (06/04) que vão adiar o teste de um míssil intercontinental e, desta forma, evitar mal entendidos, conforme divulgou a rede de notícias CNN citando um alto oficial do Ministério da Defesa.

O lançamento do míssil do tipo Minuteman-III da base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia, estava marcado originalmente para a próxima terça-feira. O teste, programado há algum tempo, não teria qualquer relação com a Coreia do Norte, disse a fonte, que não quis se identificar. Uma nova data para o lançamento deverá ser marcada em breve.

Mesmo assim, Washington ainda não exclui o ataque de mísseis por parte dos norte-coreanos. "Nós não ficaríamos surpresos se víssemos uma ação como essa", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. Segundo ele, tal atitude seria condizente com a retórica de guerra do regime de Pyongyang.

De acordo com informações dos militares sul-coreanos, a Coreia do Norte deslocou um segundo míssil de médio alcance para a costa leste do país na sexta-feira. O míssil, com poder de alcance de até quatro mil quilômetros, teria a capacidade de atingir a Coreia do Sul, o Japão ou mesmo uma base militar norte-americana localizada em Guam, no Pacífico.

De acordo com a mídia japonesa, os Estados Unidos estariam consideram o uso de um drone de reconhecimento na região da península coreana. Este avião não tripulado do tipo Global Hawk, que pode operar em grandes altitudes, deverá ficar estacionado em uma base norte-americana localizada no Japão, informou a agência de notícias Kyodo.

Coreia do Norte aumenta produção de armas

Há três semanas, o líder norte-coreano Kim Jong-un ordenou o aumento da produção de armas de artilharia e granadas. De acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap, a televisão da Coreia do Norte veiculou um documentário em que mostra o ditador, na metade de março, num encontro com trabalhadores de uma indústria de armamentos.

Kim Jong-Un
Kim Jong-Un ordenou o aumento da produção de armas e granadasFoto: Reuters

"Se a guerra eclodir, nós temos que destruir as posições-chave dos militares e das instalações governamentais inimigas com um ataque rápido e surpreendente", disse Kim no documentário.

Desde o terceiro teste nuclear realizado pela Coreia do Norte, em fevereiro passado, a tensão na península coreana vem aumentando. Como reação à ampliação das sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) e das manobras militares realizadas por sul-coreanos e norte-americanos, Pyongyang rompeu o acordo de cessar-fogo de 1953 e declarou situação de "estado de guerra" com a Coreia do Sul.

China quer diálogo para solucionar crise

A China demonstra uma "séria preocupação" com a escalada da crise na península coreana e pede a todos os participantes negociem o fim das tensões por meio do diálogo. As declarações foram dadas pelo ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, em uma conversa telefônica com o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon.

De acordo com um porta-voz do governo chinês, Pequim se diz contra "palavras e atos provocativos de qualquer parte". O país, tradicional aliado do regime de Pyongyang, quer sentar juntamente com a Coreia do Norte, Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão e Rússia para conversar.

Ainda de acordo com o governo chinês, diplomatas da embaixada chinesa em Pyongyang trabalham normalmente. Os chineses pediram ao governo norte-coreano que proteja os interesses de cidadãos e empresas chinesas no país.

FC/dpa/rtr