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5 de fevereiro de 1990

No dia 5 de fevereiro de 1990 conselho de ministros europeus negou à Turquia a filiação ao bloco. Vários fatores a distanciavam das democracias ocidentais, que não impuseram tantos obstáculos para filiação à Otan.

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A formalização do desejo da Turquia de ingressar na Comunidade Europeia data de abril de 1987, quando Ancara apresentou seu pedido de filiação. O país aguardava ser aceito pelo seleto grupo o mais tardar em meados da década de 90. Tanto maiores foram a surpresa e a indignação ao receber um "não", depois da avaliação da Comissão da Comunidade Europeia em dezembro de 1989. A decisão foi ratificada pelo Conselho de Ministros, a 5 de fevereiro do ano seguinte.

A Comissão havia feito uma ampla análise da situação política e social na Turquia, chegando à conclusão de que, apesar de alguns progressos, a nação ainda apresentava graves deficiências em relação à média da Comunidade. O Produto Social Bruto, por exemplo, correspondia ao das nações mais pobres da agremiação. Mas também o sistema de seguridade social, o mercado de trabalho e toda a vida política e cultural ainda apresentavam diferenças muito crassas em relação aos europeus mais ricos.

No dia 10 de dezembro de 1999, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia reunidos em Helsinque resolveram conceder à Turquia o status de candidata. Seria difícil encontrar argumentos para justificar a aprovação de outros 12 países do Leste Europeu, mas em contrapartida apresentaram uma lista de exigências políticas e econômicas a serem cumpridas por Ancara. Três anos depois, a cúpula da UE em Copenhague decidiu deixar para 2004 a definição de uma data para o início das negociações.

A Turquia continua sendo o primeiro país islâmico com um pé na Europa, e com sérias intenções de se aproximar do Ocidente. Depois de ter servido aos interesses estratégicos da Organização do Tratado do Atlântico Norte durante a Guerra Fria, segue buscando o reconhecimento de seus esforços por modernizar-se.

A resistência da União Europeia apoiava-se em vários fatores. Apenas em 2004 um dos obstáculos foi oficialmente abolido: a pena de morte – embora ninguém mais tenha sido oficialmente executado desde 1984. A situação dos curdos no sul do país continua, porém, a prejudicar as negociações.