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Zelensky apresenta "plano de vitória", Rússia ri-se

ad | Lusa | EFE
16 de outubro de 2024

O Presidente da Ucrânia anunciou hoje o "plano de vitória" para acabar com a guerra. Zelensky pede mais ajuda e a adesão à NATO, travada para já. Rússia ironiza e pede a Kiev que "acorde".

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Volodymyr Zelensky apresentou o seu "plano de vitória" no Parlamento ucraniano
Zelensky pede adesão rápida à NATO e mais apoio aos aliadosFoto: AFP

O "plano de vitória" do Presidente da Ucrânia exige armamento suficiente e decisões políticas dos aliados para permitir que a Ucrânia realize novas operações contra os territórios russos, revelou Volodymyr Zelensky ao Parlamento ucraniano, nesta quarta-feira.

O chefe de Estado instou os seus aliados ocidentais a convidarem Kiev a aderir à NATO, como parte do plano: "O primeiro ponto é um convite imediato para a NATO", frisou Zelensky. 

Mark Rutte (esq.) e Volodymyr Zelensky (dta.)
NATO continua a adiar adesão da UcrâniaFoto: Ukraine Presidency/Bestimage/IMAGO/

Além disso, o Presidente ucraniano defende a introdução de meios de dissuasão não nucleares no seu país: "A Ucrânia propõe a instalação no seu território de um conjunto completo de medidas estratégicas de dissuasão não nucleares, que serão suficientes para proteger a Ucrânia de qualquer ameaça militar da Rússia".

NATO "esfria" entusiasmo

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, considera, no entanto, que o ponto sobre a adesão à Aliança Atlântica ainda não é concretizável, embora reconheça que o país "está mais próximo do que nunca".

"Na cimeira da NATO, os aliados concordaram que o caminho [rumo à adesão] é irreversível [...], o nosso trabalho conjunto está a fazer com a que a Ucrânia esteja mais forte hoje e todo esse trabalho é uma ponte para a adesão".

Mas para já o convite para aderir à Aliança Atlântica está fora de questão, acrescentou Rutte, salientando que "Putin e a Rússia não têm palavra ou poder de veto nisto, são os aliados que decidem quando é que vai acontecer."

Alemanha insiste na paz

O chanceler alemão, Olaf Scholz, apela a que se faça "tudo o que for possível" para impedir a continuação da guerra na Ucrânia, incluindo conversações com o Presidente russo, Vladimir Putin, em concertação com Kiev e os seus aliados. 

Volodymyr Zelensky (esq.) e Olaf Scholz (dta).
Scholz quer ajudar à paz entre Ucrânia e RússiaFoto: TOBIAS SCHWARZ/AFP via Getty Images

"Chegou a altura de fazermos tudo - além de apoiarmos claramente a Ucrânia - para encontrar uma forma de impedir que esta guerra continue", defendeu o chanceler perante os deputados do Parlamento alemão.

Rússia ironiza com plano de Kiev

O Kremlin classificou nesta quarta-feira como "ilusório" o "plano de vitória" ucraniano e disse que, para se alcançar a paz na Ucrânia, Kiev deve primeiro "recuperar o juízo".

"Há muitas semanas que se fala num plano de paz ilusório. Muito provavelmente é o mesmo plano americano de lutar connosco até ao último ucraniano, que Zelensky camuflou e chamou de 'plano de paz'", disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov, na sua conferência de imprensa diária.

De acordo com o porta-voz, para que haja paz, Kiev deve "recuperar o juízo e entender os motivos que levaram ao conflito na Ucrânia".

"Pode haver outro plano, um plano verdadeiramente pacífico, baseado no entendimento de Kiev de que a política que está a adotar não tem futuro", declarou.

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