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PODEMOS persiste e garante: "A luta continua"

Conceição Matende
15 de novembro de 2024

O PODEMOS avalia positivamente a adesão às manifestações em Moçambique e destaca a resistência popular contra a repressão. 'A luta continua e é irreversível', afirma José Ali, líder do partido em Nampula.

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Protestos em Moçambique
PODEMOS faz um balanço positivo desta quarta etapa das manifestaçõesFoto: Alfredo Zuniga/AFP

Desde 21 de outubro, Moçambique tem sido palco de manifestações e paralisações convocadas por Venâncio Mondlane, candidato presidencial do PODEMOS. Mondlane contesta os resultados das eleições gerais, que deram a vitória à FRELIMO e ao candidato Daniel Chapo, gerando uma onda de insatisfação popular em várias províncias.
PODEMOS faz um balanço positivo desta quarta etapa das manifestações. Em declarações à DW África, José Ali, delegado do PODEMOS na província de Nampula, diz que os dados mostram que os protestos funcionaram muito bem nas capitais provinciais, nos portos e fronteiras:

DW África: Qual é o balanço que faz da quarta fase das manifestações em Moçambique?
José Ali (JA): É uma avaliação positiva, uma vez que a expectativa não vem só do partido PODEMOS, CAD ou dos apoiantes do candidato Venâncio Mondlane, mas sim, vem de todos aqueles que se sentem injustiçados com os últimos acontecimentos do país, e nós estamos a ver uma aderência massiva do povo moçambicano.

DW: Como avalia a aderência das manifestações ao nível das províncias?
JA: O nível de aderência é positivo apesar dos ataques. Nós organizamos manifestações ordeiras, mas é difícil mantê-las ordeiras porque a polícia não protege os manifestantes. Eles procuram atingir os manifestantes com violência letal, por isso há tendência de intimidação.

DW: Quais são as expectativas para esta quarta fase das manifestações em Moçambique?
JA: São positivas, uma vez que os manifestantes estão a ter apoio de alguns órgãos que não podemos aqui mencionar.

DW: Existe uma possibilidade de mudança de cenário após as manifestações?
JA: A luta de todos nós é irreversível. Não podemos dizer que quem vai ao campo vai para ganhar e não vai para perder. Há uma chance porque não é só através das manifestações. A persistência também faz parte da vitória. Mesmo os próprios órgãos que não estão a conseguir apresentar os resultados palpáveis daquilo que trouxeram como resultados eleitorais, as chances são maiores e isso é irreversível. Continuaremos a lutar e não vamos parar antes de alcançar os nossos objetivos.

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