Nyusi aponta os desafios para Moçambique
5 de maio de 2022"Estes desafios [o terrorismo, as mudanças climáticas e a pandemia] são gigantescos e a sua superação tem estado a exigir a conjugação de esforços internos e de parceiros" internacionais, afirmou Nysui, que intervinha na abertura do conselho coordenador do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.
Do conjunto dos principais desafios que o país enfrenta, Filipe Nyusi começou por apontar as "ações terroristas", assinalando que a atuação de grupos armados na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, provocou a morte de mais de 2 mil pessoas e levou à fuga de mais de 800 mil, além da destruição de infraestruturas sociais e económicas, privadas e públicas.
A ação conjunta das forças governamentais de Moçambique, Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) resultou na destruição de bases dos grupos armados e na recuperação de zonas antes ocupadas pelos terroristas.
"Situação tende a melhorar"
"A situação tende a melhorar", considerou Filipe Nyusi, assinalando a reconstrução de infraestruturas e o regresso gradual da população como consequência da restauração paulatina da segurança.
Em relação às mudanças climáticas, o país tem sofrido "efeitos de grande magnitude" causados por ciclones, cheias e secas, que destroem o tecido social e económico, destacou Nyusi.
O chefe de Estado moçambicano comentou também que a pandemia de Covid-19 afetou a produção e a vida das populações.
Dada a enormidade dos desafios, Filipe Nyusi exortou "os agentes diplomáticos do país" a continuarem a mobilizar apoios internacionais.
A ação diplomática de Moçambique, continuou, deve privilegiar a busca da paz e de investimentos para o desenvolvimento económico e social.