Moussa Faki Mahamat reeleito presidente da Comissão da UA
6 de fevereiro de 2021A eleição realizou-se no primeiro de dois dias da cimeira anual da União Africana (UA), realizada por videoconferência, e foi anunciada pela porta-voz do antigo primeiro-ministro do Chade, Ebba Kalondo.
"Cinquenta e um dos 55 Estados-membros votaram a favor de um segundo mandato de Moussa Faki como presidente da Comissão da UA", escreveu a porta-voz no Twitter.
O antigo primeiro-ministro chadiano, Moussa Faki Mahamat era o único candidato à sua própria sucessão à frente do órgão executivo da União Africana e precisava de pelo menos dois terços dos votos para ser eleito.
Foco na pandemia
A cimeira da UA acontece quase exatamente um ano depois de o Egipto ter registado o primeiro caso de coronavírus em África, suscitando o receio generalizado de que os fracos sistemas de saúde dos estados-membros fossem rapidamente sobrecarregados.
Mas apesar das previsões iniciais, o continente tem sido atingido com menos força do que outras regiões até agora, registando 3,5% dos casos de coronavírus e 4% das mortes por Covid-19 em todo o mundo, de acordo com os Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças.
No entanto, muitos países africanos estão a lutar contra as segundas ondas de infeções, ao mesmo tempo que se esforçam para obter doses da vacina.
Os líderes africanos têm-se manifestado contra o açambarcamento de vacinas pelos países ricos, à custa dos mais pobres.
Em seu discurso este sábado, o Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa apelou a "uma nova injeção de recursos" do Fundo Monetário Internacional para "corrigir a gritante desigualdade nas medidas de estímulo fiscal entre as economias avançadas e o resto do mundo".