1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Kiev pede aos aliados sistemas de defesa contra míssil russo

Lusa
23 de novembro de 2024

Presidente ucraniano pediu sistemas de defesa antiaérea aos seus aliados, após o ataque russo com um novo míssil balístico hipersónico. NATO já rejeitou qualquer alteração ao apoio à Ucrânia.

https://p.dw.com/p/4nLk0
Der ukrainische Präsident Wolodymyr Selenskyj
Foto: IMAGO/ZUMA Press Wire

Numa mensagem vídeo publicada nas redes sociais, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky disse que o ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, "já está em discussões" com os parceiros de Kiev sobre novos sistemas de defesa aérea, sobretudo aqueles que "podem proteger vidas face a novos riscos". 

Na mesma mensagem, o líder ucraniano considerou que a Rússia estava a ridicularizar os apelos de contenção do seu aliado chinês ao disparar o míssil experimental de nova geração na quinta-feira contra a região central de Dnipro.

"Da parte da Rússia, isto ridiculariza a posição de estados como a China, dos estados do 'sul global', de certos líderes que apelam sempre para a contenção", comentou.

O líder do Kremlin, Vladimir Putin, afirmou, num breve discurso à nação, que o ataque foi uma "resposta ao uso de armas de longo alcance americanas e britânicas" pelas forças ucranianas em solo russo, advertindo que "não há forma de combater" o novo armamento de Moscovo.

A "lista de desejos" de Zelensky

Ainda na sexta-feira (22.11), Putin ordenou a produção em massa e a continuação dos testes de combate do novo míssil balístico hipersónico Orechnik.

Armas nucleares são "uma opção extrema"

Em declarações à imprensa, o ex-Presidente russo, Dmitri Medvedev, disse hoje que poderia terminar sem mais perdas humanas se a NATO parasse de alimentar o conflito.

"Se o bloco da NATO tomar uma posição realista, se deixar de atiçar as chamas da guerra na Ucrânia, este conflito pode terminar sem custos para a humanidade, pelo menos sem novos custos", disse Medvedev à televisão Al Arabiya, citado pela agência oficial TASS. 

O vice-chefe do Conselho de Segurança russo reafirmou que Moscovo não pretende utilizar armas nucleares, que considerou tratar-se de "uma opção extrema".

"A decisão, como é óbvio, é tomada pelo comandante supremo, ou seja, o Presidente do país. Os riscos são elevados, mas isso não significa que esses riscos sejam irreversíveis", afirmou Medvedev.

A NATO já rejeitou qualquer alteração ao apoio que tem prestado à Ucrânia na sequência do recente lançamento de um míssil de médio alcance experimental por parte da Rússia.

"A Rússia lançou um míssil balístico de médio alcance experimental contra a Ucrânia. A Rússia quer aterrorizar a população da Ucrânia e intimidar os que apoiam o país na sua defesa contra a agressão russa ilegal e iniciada de forma gratuita", disse à Lusa a porta-voz da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Farah Dakhlallah.

Como a Europa reage a possível volta de Trump à Casa Branca?