Israel diz que guerra contra Hamas vai "demorar tempo"
8 de outubro de 2023Pelo menos 300 pessoas morreram em Israel depois do ataque surpresa do grupo radical islâmico Hamas. Segundo o Exército israelita, entre as vítimas mortais estão, pelo menos, 26 soldados.
Em Gaza, pelo menos 313 habitantes morreram durante a contra-ofensiva aérea de Israel, segundo a última contagem do Ministério da Saúde no enclave. Gaza é governada pelo Hamas, um grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou no sábado (07.10) que Israel está "em guerra". Netanyahu prometeu que o país vai usar "toda a sua potência" e "reduzir a escombros" todos os esconderijos do Hamas em Gaza. Netanyahu afirmou ainda que a guerra vai "demorar tempo".
As Forças de Defesa de Israel disseram ter atacado "o quartel-general dos serviços secretos da organização terrorista Hamas e um complexo militar utilizado pelas suas forças aéreas", além de "dois bancos […] que financiam as suas atividades terroristas". Um líder do Hamas terá sido morto na contra-ofensiva israelita, noticiou a agência de notícias dpa.
Ataques continuam
Este domingo, numerosos foguetes continuaram a ser lançados a partir da Faixa de Gaza e houve bombardeamentos israelitas contra 426 alvos do Hamas no enclave.
Israel já terá resgatado vários cidadãos raptados pelo Hamas e terá também recuperado o controlo de 29 locais no interior do país, tomados pelo grupo no sábado. No entanto, dezenas de pessoas - soldados e civis - continuam reféns do Hamas e os combates prosseguem em oito locais.
De acordo com a imprensa local, o ataque de Gaza apanhou os serviços de inteligência de Israel desprevenidos. Um porta-voz do Exército israelita remeteu para "mais tarde" esclarecimentos sobre como foi possível que membros do Hamas se tenham infiltrado no país. O foco, neste momento, está nos combates no terreno, acrescentou.
Entretanto, no Egito, um agente da polícia disparou contra turistas israelitas na cidade de Alexandria, matando pelo menos dois israelitas e um cidadão egípcio, relatou o Ministério do Interior do Egito, citado pela imprensa nacional. Em Londres, a Polícia Metropolitana aumentou as patrulhas em várias zonas da capital após "uma série de incidentes" relacionados com o conflito entre Israel e Gaza, noticia a agência de notícias AFP.