São Tomé: Governo considera anárquica e ilegal greve na TVS
28 de maio de 2022"Trata-se de um ato ilegal e condenável a todos os títulos [...] esta paralisação é uma atitude anárquica por parte daqueles que assim decidiram, muito particularmente ao nível da nossa televisão nacional", disse Adelino Lucas, citado pela rádio são-tomense e pela agência de notícias STP-Press.
Os profissionais da TVS paralisaram a emissão da única estação televisiva do país em protesto contra o atraso de um subsídio governamental que devia ser pago em março.
A paralisação estendeu-se parcialmente à Agência de Notícias (STP-Press) e à Rádio Nacional do país onde apenas um grupo de funcionários aderiu ao protesto.
"Atraso ao nível das finanças"
"Houve um atraso ao nível das finanças para a liquidação desta despesa, mas nós prometemos que esta semana o problema seria resolvido", afirmou Adelino Lucas.
Na noite de sexta-feira, o Governo cumpriu o pagamento aos profissionais da TVS e os trabalhadores retomaram a emissão, mas os profissionais da rádio e da agência de notícias não receberam, por isso um grupo de trabalhadores continua com a paralisação aguardando que sejam pagos.
O secretário de Estado da Comunicação Social disse que o Governo saberá "agir em função desse processo", considerando que não foram cumpridas as formalidades da greve.
"Não cumpriram uma nomenclatura normal que é a greve (a greve tem as suas normas, tem os seus procedimentos próprios), não recebi qualquer notificação sobre o pré-aviso de greve," disse Adelino Lucas.
Cobrança da taxa audiovisual
Por outro lado, o governante adiantou que o executivo vai retomar a cobrança da taxa audiovisual através dos serviços de faturação da Empresa de Água e Eletricidade (EMAE), a partir de junho permitindo arrecadar mais receitas para o pagamento de subsídios aos profissionais da comunicação social.
"Esse documento já foi refeito, já foi assinado e nós estamos em crer que a partir de junho esse compromisso assumido será materializado [...] a faturação será feito em junho e em julho já terão isso nas suas contas", assegurou Adelino Lucas.
Na quinta-feira, a presidente do Sindicatodos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social de São Tomé e Príncipe, Iyolanda Graça, disse à Lusa que esta questão do subsídio é apenas um dos vários problemas com que se deparam os profissionais da comunicação social em São Tomé e Príncipe.