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ConflitosIsrael

Entra em vigor cessar-fogo temporário entre Israel e Hamas

DW (Deutsche Welle) | com agências
24 de novembro de 2023

Começou esta manhã a trégua temporária de quatro dias entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, enquanto se aguarda que 13 reféns israelitas sejam libertados, nos primeiros sinais de desanuviamento após semanas de guerra.

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A atual trégua não significa o fim da guerra na Faixa de Gaza
Foto: Hatem Ali/AP/picture alliance

Na quarta-feira (22.11), Israel e o Hamas chegaram a acordo para uma trégua temporária de quatro dias, que inicialmente deveria ter começado ontem.

Prevê-se a libertação de 50 reféns israelitas pelo Hamas, em troca da libertação de 150 palestinianos presos por Israel.

O pacto entrou hoje em vigor às 07:00 horas locais. Horas antes, os combates prosseguiram na Faixa de Gaza.

"A primeira libertação será de mulheres e crianças, aproximadamente às 16 horas. E, depois, todos os dias [durante o cessar-fogo], num período de tempo pré-determinado", explicou Majed Al Ansari, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, um dos principais mediadores, juntamente com o Egito e os Estados Unidos da América.

"Uma longa guerra"

Apesar do cessar-fogo temporário, o porta-voz militar israelita Daniel Hagari disse esta quinta-feira (23.11) que a conquista do norte da Faixa de Gaza era apenas o "primeiro passo de uma longa guerra".

"Com a entrada em vigor da pausa nas hostilidades, as nossas tropas serão posicionadas ao longo da linha de tréguas na Faixa de Gaza. Gostaria de reiterar: dentro da Faixa de Gaza. As tropas irão deslocar-se ao longo das linhas acordadas", frisou.

A declaração de Hagari confirma as declarações do governo israelita de que a atual trégua não significa o fim da guerra.

Israel e Hamas: Primeiros reféns serão libertados amanhã

O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, também disse que os combates iriam continuar durante pelo menos mais dois meses, segundo o jornalonline The Times of Israel

Na quarta-feira (22.11), o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também disse que a luta iria continuar "até que Israel atingisses todos os seus objetivos", que incluem a destruição das capacidades militares do Hamas, o fim do seu domínio de 16 anos em Gaza e o regresso de todos os prisioneiros detidos em Gaza.

O Hamas tinha afirmado, anteriormente, que considerava este cessar-fogo "apenas temporário”, e que os seus "dedos continuam no gatilho".

Esta recente guerra entre Israel e o Hamas iniciou-se em 7 de outubro, quando o Hamas realizou um ataque surpresa no sul de Israel, que deixou 1.200 mortos e cerca de 240 reféns, desencadeando uma dura resposta de Telavive, cujo saldo é de 15 mil palestinianos mortos e, segundo a ONU, cerca 1,7 milhões de residentes de Gaza deslocados.

Conflito Israel-Hamas: Pausa humanitária em Gaza é "urgente"