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Coronavírus: Seis asiáticos em quarentena em Nampula

Sitoi Lutxeque (Nampula)
19 de fevereiro de 2020

Em Moçambique, concretamente na província de Nampula, as autoridades sanitárias colocaram em quarentena seis asiáticos que não apresentaram qualquer sintoma do coronavírus. A medida é meramente preventiva.

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Mosambik | Maßnahmen gegen Coronavirus | Health Directorate
Edifício da Direção Provincial de Saúde em Nampula, MoçambiqueFoto: DW/S. Lutxeque

Seis cidadãos de origem asiática, entre eles um coreano e cinco chineses, vindos do continente asiático, encontram-se em quarentena domiciliária na cidade de Nampula, norte de Moçambique, desde a passada sexta-feira (14.02), mesmo sem que estes tenham apresentado sintomas do coronavírus.

Segundo Américo Barata, chefe do departamento de Saúde Pública, na direção provincial da Saúde de Nampula, das análises feitas não apresentaram sintomas da doença, mas há toda a necessidade de se manterem isolados por terem saído de países com registos da doença.

‘‘Estes cidadãos não apresentam riscos da saúde pública, relacionados com a doença do coronavírus para a província, mas como os protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS) são claros, nós devemos seguir e foi o que fizemos. Os cidadãos oriundos de países afetados merecem uma atenção de seguimento'', disse Barata.

"Não há motivo de alarme”

Afrika Senegal Coronavirus Pasteur Institute in Dakar
Autoridades africanas têm tomado medidas preventivas para evitar casos de coronavírusFoto: Getty Images/AFP/Seyllou

Ainda assim, de acordo com Américo Barata, uma equipa de profissionais foi destacada para dar assistência a esses cidadãos.

‘‘Passados cinco dias, os cidadãos continuam bem de saúde. Portanto, não constituem perigo para que a sociedade tenha de ficar preocupada e não há motivo de alarme'', assegurou.

Moçambique não faz parte dos países africanos classificados, recentemente, como prioritários, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), para aumentar a vigilância e as medidas de prevenção e controle da doença do coronavirus, pelo facto de não receber voos diretos dos países afetados pela epidemia.

Contudo, segundo Américo Barata, "Moçambique tem a capacidade para primeiro rastrear, isolar e seguir pacientes". E o chefe do departamento de saúde pública prossegue: "Como sabe, mesmo a nível internacional o tratamento é sintomático. Já foram treinados técnicos em Nampula para reforçar a capacidade e competência técnica para lidar com este cenário. Portanto, temos a capacidade para colher as a mostras e enviar ao Instituto Nacional de Saude".

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As autoridades de saúde continuam a alertar aos cidadãos a não se deixarem levar pelas falsas informações, muitas vezes veiculadas nas redes sociais, que apontam para a existência infetados no país. Barata sublinha que em casos de eclosão da doença o Governo usará canais apropriados.

Entretanto, o secretario do Estado da província de Nampula, Mety Gondola, assegurou a abertura da província, e do país em geral, neste contexto. "Moçambique está aberto para receber os nossos amigos, naturalmente com o cuidado que se deve ter para não que possamos colocar em perigo a saúde e vida dos nossos concidadãos'', disse.

Esta é a primeira vez em que cidadãos são colocados em quarentena na província mais populosa do país, desde a eclosão da doença que já matou mais de 1.700 pessoas, maioritariamente na China.

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