São Tomé cria linha de comunicação com estudantes na China
7 de fevereiro de 2020"O Governo decidiu por uma maior articulação e trocas de informações com a Embaixada de São Tomé e Príncipe na China e orientou a senhora ministra da Educação no sentido de estabelecer uma linha direta de comunicação diária com os nossos estudantes na República da China", disse o porta-voz do Governo, Adelino Lucas.
Segundo o porta-voz do executivo, o Conselho de Ministros "analisou de forma exaustiva" a situação dos 17 estudantes que se encontram em Wuhan, tendo decidido como "medidas urgentes" garantir-lhes "todo o apoio e proteção necessários."
Na reunião governamental foi tem decido orientar "o ministro das Finanças para desbloquear urgentemente uma quantia financeira a favor" dos estudantes, para "poderem fazer face aos problemas emergentes."
A China elevou hoje para 563 mortos e mais de 28 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países - o último novo caso identificado na Bélgica na terça-feira.
Ajudas de custo para doentes são-tomenses em Portugal
Outra medida tomada pelo Governo liderado pelo primeiro-ministro Jorge Bom Jesus foi orientar o ministro das Finanças para "transferir de imediato o valor correspondente a dois meses de ajudas de custo" para os doentes de São Tomé e Príncipe em Portugal.
O executivo considera necessário "equacionar medidas urgentes para minimizar os problemas" dos "concidadãos que se encontram de junta médica" em Portugal.
O comunicado do Conselho de Ministros refere ainda, nesse âmbito, sobre "expedientes em curso" efetuados pela ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades junto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa "na perspetiva da assinatura urgente de um protocolo de cooperação para ajudar a minimizar" os problemas desses doentes.
A medida surge após, no final de janeiro, o embaixador são-tomense em Lisboa, António Quintas do Espírito Santo, se ter reunido com vários doentes, que se queixaram de atrasos no pagamento de apoios sociais por parte de São Tomé e Príncipe.
No encontro, em que participaram cerca de uma centena de doentes, em declarações à agência Lusa, António Quintas classificou a situação dos cerca de 2.600 doentes são-tomenses em tratamentos em Portugal, a maioria a fazer hemodiálise e em tratamentos oncológicos, como "caótica" e reconheceu que, desde 2015, tem havido atrasos "consideráveis" nos pagamentos.