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Áustria abre ação legal por suposta espionagem alemã

5 de maio de 2015

Governo austríaco exige esclarecimentos e pede ao Ministério Público que investigue denúncias de que inteligência da Alemanha teria ajudado NSA a monitorar comunicações de autoridades em Viena.

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A ministra do Interior da Áustria, Johanna Mikl-Leitner: "Exigimos esclarecimentos"
A ministra do Interior da Áustria, Johanna Mikl-Leitner: "Exigimos esclarecimentos"Foto: picture alliance/APA/picturedesk.com

O Ministério Público austríaco abriu nesta terça-feira (05/05), a pedido do governo federal, uma ação para investigar as denúncias de que a inteligência alemã auxiliou a Agência de Segurança Nacional (NSA) americana a espionar autoridades em Viena.

"A Áustria exige esclarecimentos", disse a ministra do Interior Johanna Mikl-Leitner. "Hoje apresentamos uma queixa legal junto aos procuradores, contra uma 'entidade desconhecida', devido a atividades secretas de inteligência."

Segundo denúncias de veículos de imprensa alemães, a NSA usou um centro de inteligência do Departamento Federal de Informações da Alemanha (BND) para espionar outros países, como França e Áustria, e organismos como a Comissão Europeia.

No sábado, o tabloide Bild noticiou que o BND não teria apenas ajudado a NSA a espionar empresas, ministérios e agências europeias, mas também utilizado os dados interceptados para os próprios interesses.

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, se pronunciou pela primeira vez sobre o caso na última segunda-feira (04/05). Ela disse continuar acreditando não ser aceitável que países amigos espionem uns aos outros – uma referência à sua consternação em 2013 diante de relatos de que a NSA teria grampeado seu próprio telefone celular.

"Mas, por outro lado, agências de inteligência estão trabalhando para assegurar a segurança pública, e o governo alemão fará tudo o que estiver a seu alcance para garantir que pode desempenhar seu trabalho", disse. "Essa habilidade de cumprir suas obrigações diante de ameaças de terrorismo internacionais vem da cooperação com outras agências de inteligência, e isso inclui a NSA."

RPR/rtr/dpa