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Volkswagen: perito sugere renúncia de presidente do conselho fiscal

12 de julho de 2005
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O presidente do conselho fiscal da Volkswagen, Ferdinand Piëch, começa a ser acusado por lideranças políticas e peritos do setor automobilístico de ser co-responsável pelo escândalo de corrupção na montadora alemã.

"O exemplo de Piëch mostra que não é necessariamente bom que um ex-presidente de uma empresa seja promovido diretamente à presidência do conselho fiscal. Existe o perigo de que decisões erradas do passado sejam encobertas por demasiado tempo", disse o vice-presidente e líder da bancada do Partido Liberal, Rainer Brüderle, ao jornal Die Welt.

O perito em indústria automobilística Ferdinand Dudenhöffer sugeriu a renúncia de Piëch. "É necessária uma reorientação no conselho fiscal", disse o professor da Escola Técnica Superior de Gelsenkirchen à agência de notícias dpa. "As dependências e os vínculos da era Piëch ainda são muito fortes na Volkswagen", afimou Dudenhöffer.

Dudenhöffer criticou que na gestão de Piëch, de 1993 a 2002, as fronteiras entre os diferentes grupos de interesse na montadora eram "maleáveis demais", dando origem a um sistema de corrupção. "Foi ele quem levou Peter Hartz em 1993 para Wolfsburg como diretor de Recursos Humanos. E decisões relativas à redução de custos de pessoal, que poderiam tornar a Volks mais competitiva, foram proteladas", disse o professor.

Hartz apresentou seu pedido de demissão na última sexta-feira. O governado do Estado da Baixa Saxônia, Christian Wulff (CDU), pressiona a direção da montadora a indicar o quanto antes possível um sucessor para o departamento de Recursos Humanos.