Vinho espumante do Leste alemão conquista o mercado
18 de janeiro de 2002Contrariando a tendência negativa do setor no ano passado, a fabricante de vinho espumante Rotkäppchen registrou um aumento de 13% no faturamento, totalizando 150 milhões de euros e fechando o ano com o domínio sobre 16% do mercado alemão. A Alemanha consume 25% da produção mundial de vinho espumante, do tipo champanha.
O diretor de Marketing explica que o tradicional produto da cidade de Freyburg, na Saxônia, domina 50% do mercado no Leste do país. Peter Claussen acrescenta que, na região ocidental, seu espumante já conquistou mais de 3% do mercado e, no norte, 5%. Valores nada baixos, considerando-se os cerca de 1,4 mil fabricantes alemães do produto. E com tendência a diminuir, se vingar a estratégia de ampliação da empresa, que em 2001 abocanhou duas firmas alemãs-ocidentais.
Começo difícil
Em dez anos, a produção aumentou de 1,5 milhão de garrafas, em 1991, para 49 milhões no ano passado. Dos 145 anos de história da Rotkäppchen, 1991 havia sido o pior. Por um lado, porque os tradicionais consumidores do Leste alemão não tinham motivos para comemorar a desolação social e econômica da região. Por outro, ninguém queria assumir a administração da empresa obsoleta e com problemas financeiros.
A Treuhand, sociedade fiduciária que administrou a privatização do que antes era "patrimônio do povo alemão-oriental" (14 mil empresas e imóveis), tentou vender a Rotkäppchen durante dois anos. Finalmente, em 1993, foi comprada por um grupo de funcionários, cujos êxitos vêm surpreendendo nos últimos anos.
Depois da tentativa fracassada para introduzir o espumante alemão na China, a fábrica resolveu concentrar-se exclusivamente no mercado alemão. O nome Rotkäppchen (Chapeuzinho Vermelho) vem da cor do seu lacre de alumínio.