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Estudo dos nomes

DW (sn / ca)19 de novembro de 2008

Quem quiser estudar a Onomástica, o estudo dos nomes, na Alemanha, terá que ir obrigatoriamente para a Universidade de Leipzig, que também possui o mais renomado centro mundial de análise científica de nomes.

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Onomástica se ocupa do estudo dos nomes que denonimam indivíduosFoto: picture-alliance/dpa

Cada pessoa tem um nome próprio, mas nem sempre sabe o que ele significa. Em Leipzig, no estado alemão da Saxónia, existe uma cadeira universitária que se ocupa de sua pesquisa. A Universidade de Leipzig é o único local na Alemanha onde se pode estudar Onomástica, o estudo dos nomes, um curso raro e requisitado que irá se transformar em mestrado a partir de 2009.

No momento, por volta de cem estudantes estrangeiros e alemães estão matriculados no curso. A universidade possui também um centro de informação sobre nomes que analisa e fornece informações sobre nomes próprios e topônimos. Segundo informações do próprio centro, ele é o mais renomado núcleo de análise científica de nomes do mundo.

Signos lingüísticos que denotam seres específicos

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Topônimos e nomes próprios são estudados em LeipzigFoto: AP

Segundo a docente da Universidade de Leipzig Dietlind Krüger, a onomástica se refere a onoma (nome, em grego). Trata-se da pesquisa de nomes e da investigação de todos os componentes da língua que têm caráter de nome próprio. Ou seja, tudo que tenha denominação individual – nomes de cidades, rios, ruas, pessoas, coisas e regiões campestres. Sua particularidade é que são nomes próprios, ou seja, signos lingüísticos que denotam seres específicos, explicou a docente de Onomástica.

Há mais de 15 anos, os estudantes em Leipzig podem se aprofundar no estudo dos nomes através da cadeira de Onomástica. Principalmente alunos de História e de Filologia Germânica utilizam a Onomástica para aprofundar seus conhecimentos.

A partir do próximo ano, a Onomástica se tornará curso de mestrado em Leipzig, dando continuidade a uma tradição de estudo de nomes que começou, há 50 anos, no Instituto de Filologia Eslava da Universidade de Leipzig.

Krüger explicou que, na época, um professor polonês da universidade notou que o chiado que escutava nos nomes da região – Szymanski, Radschisnki, Kurschinski – se assemelhava ao da sua pátria. Ele desconfiou que se tratasse também de nomes eslavos. A partir daí, a Onomástica começou a se estabelecer como curso acadêmico na universidade.

Centro de Informação sobre Nomes

Já nos anos de 1960, um grupo de trabalho para pesquisa de nomes teuto-eslavos já havia se estabelecido na Universidade de Leipzig. O grupo de trabalho deu origem ao Centro de Informação sobre Nomes da Universidade de Leipzig.

O centro oferece informações sobre a origem e significado de nomes de pessoas (prenome e sobrenome) e topônimos, além de se colocar à disposição para perguntas sobre o tema. O trabalho do centro é apoiado por uma extensa biblioteca.

Por exemplo, o centro explica que o nome Edgar, de origem germano-anglo-saxônica, foi constatado na Prússia Oriental pela primeira vez em 1625. Como outros nomes próprios com a mesma origem, o nome Edgar, ou Eadgar em sua forma antiga, é composto de dois elementos: E(a)d- e -gar. Ele se tornou conhecido principalmente como nome de soberanos ingleses e escoceses, tais como o rei anglo-saxão Eadgar (cerca de 940–975).

O relatório do centro sobre um determinado nome é composto de várias páginas. Uma das informações referentes ao nome Edgar é que seu primeiro elemento se refere à palavra germânica auda- (riqueza, posse, propriedade) e o segundo à também germânica gairu- (lança).