Um passeio de bicicleta pelo Ahr

Da sua origem, nas montanhas do Eifel, até sua confluência com o Reno, o rio Ahr atravessa várias paisagens. Vales profundos e prados com amplas florestas intocadas estão no caminho de quem faz o passeio pela ciclovia que acompanha o trajeto do rio. O caminho é plano e, por isso, fácil de seguir e ideal para um fim de semana.

A nascente do rio Ahr fica em Blankenheim, no Eifel, no porão de uma casa. Um passeio pelo centro da cidade medieval também vale a pena. Aqui está o museu Eifel, que explica a flora e a fauna da região e apresenta alguns ofícios tradicionais. O castelo ao fundo é do século 12, e hoje é um albergue.

De Blankenheim, o ciclista percorre cerca de 15 quilômetros, seguindo ao lado de uma antiga ferrovia, e passa por nove viadutos. À esquerda e à direita da ferrovia dominam as paisagens românticas, como esta cerca de metal tomada pelo verde.

Depois de mais ou menos 40 quilômetros, os ciclistas chegam através de um amplo campo ao vilarejo de Ahrbrück. Perto da localidade fica a capela de Santa Maria, construída em 1681. Ela pode ser visitada a qualquer hora do dia ou da noite.

Apenas alguns quilômetros mais além fica o burgo Kreuzberg. Ele está localizado no alto de um platô rochoso que desce abruptamente até o rio Ahr. Como o castelo é habitado e propriedade privada, pode ser admirado só de longe.

A partir de Altenahr, vinhedos íngremes dominam a paisagem. Os romanos foram os primeiros a plantar videiras aqui. Hoje o Vale do Ahr é a maior região produtora de vinho tinto da Alemanha. Nas adegas dos seus viticultores estão alguns dos melhores vinhos do país.

A pequena Mayschoss, na beira da região do Ahr, é a sede da mais antiga cooperativa de produtores de vinho do vale. Ela foi fundada em 1868. Hoje espalhados por 123 hectares, os vinhedos prosperam e fazem a fama da uva escura da região. Visitas guiadas à histórica adega com barris de madeira – incluindo degustação de vinhos no final, é claro – ocorrem diariamente.

No topo de Ahrweiler fica o mosteiro de Calvarienberg. Coordenado por irmãs ursulinas, uma ordem em honra de Santa Úrsula de Colônia, ele está aberto apenas em dias especiais. A igreja, contudo, pode ser visitada todos os dias.

A ciclovia do Ahr passa ainda pela cidade termal de Bad Neuenahr-Ahrweiler. Suas fontes termais atraíam muitos turistas já no século 19. Vale a pena visitar a antiga Kurhaus, onde hoje há um cassino.

Cerca de 15 quilômetros depois termina a ciclovia, no mesmo ponto onde o Ahr desemboca no Reno. O local, entre Sinzig, Kripp e Remagen, é a única foz sob proteção ambiental em todo o Reno.