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UE recomenda que países aceitem vacinados com Coronavac

25 de novembro de 2021

Comissão Europeia quer que todos os Estados-membros relaxem restrições de viagem para estrangeiros que tomaram vacinas aprovadas pela OMS, e não somente pela agência reguladora europeia. Países precisam aprovar regra.

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Profissional de saúde aplica vacina no braço de uma mulher
A Coronavac é uma das quatro vacinas atualmente aplicadas no BrasilFoto: Nelson Almeida/AFP

A Comissão Europeia propôs nesta quinta-feira (25/11) que todos os países da União Europeia (UE) passem a aceitar a entrada de viajantes vacinados com qualquer imunizante contra a covid-19 aprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A diretriz abriria caminho para a entrada de estrangeiros imunizados com algumas vacinas que ainda não foram autorizadas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), entre elas a Coronavac, aplicada no Brasil.

Até agora, a EMA aprovou as vacinas desenvolvidas pelas farmacêuticas Pfizer-BioNTech, Moderna, AstraZeneca (se produzida na Europa) e Johnson & Johnson.

Além desses mesmos imunizantes, a OMS deu aval ainda para as vacinas produzidas pelas chinesas Sinopharm e Sinovac (Coronavac) e pela indiana Bharat Biotech (Covaxin).

Atualmente, a maioria dos países da União Europeia não permite a entrada de viajantes vacinados com imunizantes não aprovados pela agência reguladora europeia.

Como garantia, a Comissão Europeia propôs a exigência de um teste molecular (como PCR) negativo para todos os passageiros vacinados com imunizantes aprovados pela OMS mas não pela UE.

Nesta quinta-feira, o órgão executivo do bloco europeu também sugeriu o fim da "lista branca" de países de origem – ou seja, as restrições de entrada para viagens não essenciais passariam a ser decididas levando em conta o status de vacinação do passageiro, e não mais a situação epidêmica no país de onde ele partiu. Assim, apenas pessoas vacinadas ou recuperadas poderiam ingressar na UE.

Outra recomendação da Comissão foi que apenas residentes que receberam a dose de reforço de vacinas contra o coronavírus possam transitar entre os países da UE sem a necessidade de testes ou quarentena. Para que essas medidas passem a valer, os governos do bloco ainda precisam aprovar as propostas.

A Comissão busca assim unificar as regras nos 27 países da União Europeia a fim de permitir a livre circulação de pessoas, um tema caro ao bloco europeu, num momento em que a Europa voltou a ser o epicentro da pandemia de covid-19, com vários países do continente reimpondo restrições em meio a taxas recordes de infecções.

Validade da imunização

Nesta semana, os governos da UE começaram a debater a validade das vacinações para fins de viagem. Na quarta-feira, a Grécia propôs que residentes do bloco possam viajar livremente entre os países se tiverem sido vacinados no máximo nos últimos seis meses.

Considerando que a imunidade diminui após certo tempo, a Comissão Europeia então sugeriu que a vacinação seja considerada válida nos primeiros nove meses após a segunda dose ou da dose única da vacina, e que essa atualização na regra seja aplicada a partir de 10 de janeiro.

Levando em conta que a maioria dos residentes da UE foi completamente vacinada entre o segundo e o terceiro trimestres de 2021, sua cobertura vacinal expiraria em meados do próximo ano.

"Precisamos de taxas de vacinação mais altas"

Segundo autoridades, cerca de 65% da população da União Europeia está totalmente vacinada contra a covid-19. A comissária de Saúde da UE, Stella Kyriakides, alertou que a parcela ainda é baixa e fez um apelo para que os residentes tomem a vacina.

"Para que todos possam viajar e viver com a maior segurança possível, precisamos atingir taxas de vacinação significativamente mais altas – com urgência. Também precisamos reforçar nossa imunidade com doses de reforço", declarou Kyriakides.

Na quarta-feira, o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças recomendou doses de reforço da vacina para todos os adultos, com prioridade para os maiores de 40 anos.

A Comissão reconheceu que ainda não há estudos que abordem expressamente a eficácia das aplicações de reforço contra a transmissão do vírus, mas disse ser muito provável que elas forneçam proteção mais duradoura do que as injeções iniciais.

ek (Reuters, ots)