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UE prolonga sanções econômicas à Rússia

17 de junho de 2015

Embaixadores de países-membros da União Europeia decidem manter medida repressiva contra a economia russa até janeiro de 2016. Moscou afirma que decisão de Bruxelas já era levada em conta nas projeções do governo.

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Foto: imago/Rainer Unkel

Os países-membros da União Europeia (UE) concordaram nesta quarta-feira (17/06) em prolongar as sanções econômicas à Rússia por mais seis meses, até o fim de janeiro de 2016. As sanções foram impostas em meados do ano passado em retaliação à crise na Ucrânia.

O acordo entre os embaixadores dos 28 países-membros da UE, fechado em encontro em Bruxelas, será formalizado pelos ministros das Relações Exteriores do bloco europeu em reunião agendada para a próxima semana, disseram autoridades na capital belga.

"Os ministros do Exterior da UE finalizarão a decisão, em Luxemburgo, na segunda-feira", escreveu a Representação Permanente da Polônia na UE em sua conta oficial no Twitter. A informação foi confirmada por várias fontes.

Os embaixadores da UE também decidiram estender as sanções impostas contra empresas com base na Crimeia, anexada pela Rússia no ano passado. Essas medidas repressivas serão prorrogadas por 12 meses, até junho de 2016, de acordo com fontes diplomáticas.

Moscou disse não estar surpreso com a decisão de Bruxelas. "Estávamos levando a continuação das sanções em conta nas nossas projeções", disse o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, segundo a agência de notícias Interfax.

A UE impôs as sanções visando os setores bancários, de petróleo e de defesa da Rússia, após o voo MH17, da Malaysia Airlines, ter supostamente sido abatido por separatistas pró-Moscou no leste da Ucrânia, em julho de 2014. Os Estados Unidos também impuseram sanções econômicas à Rússia.

Em março, líderes da UE concordaram em manter as sanções até a completa implementação do cessar-fogo assinado em Minsk, em fevereiro, e que é válido até dezembro. "A ideia é estender [as sanções] até o fim de janeiro para dar tempo de rever os progressos do acordo de Minsk antes de tomarmos uma nova decisão", disse uma fonte diplomática à agência de notícias AFP.

Com o texto jurídico acertado pelos embaixadores, os ministros das Relações Exteriores devem aprová-lo sem contestação, na próxima segunda-feira. Em seguida, líderes da UE, reunidos em Bruxelas na quinta a sexta-feira da semana que vem, devem fazer o anúncio formal.

PV/afp/dpa