Fronteiras
17 de maio de 2008Alemanha, França, Itália e Malta são os principais países europeus que participam de uma nova operação de patrulha da UE, a fim de controlar o tráfego naval nas fronteiras dos países do bloco no Mar Mediterrâneo, principalmente na região situada entre o sul da Itália, Malta e a Líbia.
O início da operação especial esta ano havia sido adiado quase um mês, devido a desavenças a respeito de quem haveria de assumir a responsabilidade por possíveis imigrantes ilegais a serem detidos na região. O governo da Líbia já se recusou uma vez a participar da operação.
Na última sexta-feira (17/05), um grupo de 28 imigrantes ilegais foi detido nas proximidades de Malta. Na Ilha de Lampedusa, no sul da Itália, aportaram 450 imigrantes ilegais vindos da África, entre eles 26 mulheres e quatro crianças, segundo informa a mídia italiana.
Refugiados políticos e econômicos
A política de asilo e migração da UE vem sendo há muito causa de desavenças entre os países do bloco. Os países do Mediterrâneo afirmam que não podem controlar sozinhos a entrada de imigrantes ilegais, uma vez que as fronteiras marítimias não podem ser controladas adequadamente.
Além disso, os governos desses países alegam dificuldades em distinguir refugiados políticos realmente perseguidos em seus países de origem e migrantes que se põem a caminho por razões econômicas.
Os ministros do Interior da UE decidiram, há algumas semanas, acirrar o controle nas fronteiras externas do bloco através de mais patrulhas marítimas e aéreas e melhor equipamento de controle de fronteiras, como radares e alarmes.