UE aprova vacina contra subvariantes da ômicron
12 de setembro de 2022A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou nesta segunda-feira (12/09) uma nova vacina produzida pela Pfizer-BioNTech criada para combater as subvariantes BA.4 e BA.5 da variante ômicron do coronavírus.
A assim chamada vacina bivalente age não somente como dose de reforço contra as duas subvariantes altamente infecciosas, mas também contra a cepa original do coronavírus Sars-Cov-2.
A recomendação da agência é que o produto seja aplicado em maiores de 12 anos que tenham recebido ao menos a vacinação primária contra a covid-19. A aprovação será submetida à Comissão Europeia, o que deve ocorrer em breve.
Logo depois, a vacina bivalente BA.4/5 deverá estar disponível em todos os 27 Estados-membros da União Europeia (UE) em questão de dias, afirmou a Pfizer em comunicado divulgado nesta segunda-feira. O aval da EMA veio poucos dias depois de a agência aprovar outros imunizantes contra a subvariante BA.1 desenvolvidos pela Pfizer-BioNTech e pela Moderna.
As vacinas anteriores contra a covid-19 oferecem boa proteção contra as internações hospitalares e mortes, mas sua eficácia foi reduzida à medida que o vírus se desenvolvia.
Nos Estados Unidos, porém, a agência reguladora Food and Drug Administration (FDA) afirmou estar somente interessada nas vacinas contra as variantes BA.4 e BA.5, e já aprovou no início de setembro os novos imunizantes produzidos pela Pfizer-BioNTech e Moderna.
Aumento das mortes no inverno
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a variante BA.5 tem sido responsável por quase 90% dos casos de covid-19 em todo o mundo. Autoridades europeias vêm incentivando os Estados-membros a distribuírem as doses de reforço das vacinas já disponíveis e das bivalentes, logo que essas últimas estiverem disponíveis.
Nos próximos meses – durante o outono e o inverno no Hemisfério Norte – os imunizantes devem ser disponibilizados para os idosos e os mais vulneráveis à doença, após um aumento nas infecções durante as férias de verão, com o enfraquecimento das defesas em razão da prevalência das variantes BA.4 e BA.5.
Mas um desejado aumento na vacinação desses grupos poderá ser limitado pelo fato de muitos estarem menos preocupados com a doença, o que é atribuído ao sucesso das primeiras gerações de vacinas.
Cientistas vêm alertando que o coronavírus perdurará durante muito tempo ainda, em parte por sua capacidade de superar a imunidade gerada pelas vacinas e infecções anteriores.
Em termos globais, os casos de covid-19 vêm diminuindo há semanas, mas especialistas esperam um aumento nas hospitalizações e mortes no próximo inverno no Hemisfério Norte. Até o momento, o vírus matou em todo o mundo mais de 6,5 milhões, de 608 milhões de infectados.
rc/av (Reuters, AFP, AP)