Trump tira estrategista radical da cúpula de segurança
5 de abril de 2017O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou nesta quarta-feira (05/04) Steve Bannon, seu chefe de estratégia política, do Conselho de Segurança da Casa Branca. Com isso, ele volta atrás da decisão de dar acesso ao ex-diretor do portal de extrema direita "Breitbart News", conhecido pelo discurso racista e xenófobo, a reuniões-chave sobre crises no exterior.
A decisão inicial de Trump de incluir Bannon nesse órgão gerou controvérsia. Era a primeira vez que um assessor político como ele, que carece de experiência na área, era incluído como convidado permanente das reuniões do conselho. O grupo inclui membros de alto escalão da equipe de política externa, delineia grandes estratégias de defesa e discute segredos de Estado.
Na reestruturação do órgão, Trump determinou que o diretor de Inteligência Nacional, Dan Coats, e o chefe do Estado-Maior Conjunto, o general Joseph Dunford, voltassem a ser "participantes regulares". Num primeiro momento, falava-se que eles participariam somente "quando fossem debatidos temas relacionados com suas responsabilidades e experiências".
Um alto funcionário da Casa Branca afirmou que a indicação de Bannon visava garantir que a visão de Trump fosse implementada junto ao órgão, incluindo os esforços para reduzir e agilizar as operações. A presença do chefe de estratégia política no conselho não seria mais necessária depois da renúncia de Michael Flynn, envolvido no escândalo sobre contato com autoridades russas.
A destituição de Bannon seria uma concessão para o assessor de Segurança Nacional, o tenente-general do Exército Herbert Raymond McMaster. Segundo uma fonte na Casa Branca, McMaster resistia ao trabalho conjunto com Bannon.
O estrategista de Trump trabalhou na campanha presidencial e é acusado de comportamento racista, antissemita e misógino. Numa entrevista, Bannon chegou a se comparar com Darth Vader.
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