Tigres retornam à Índia
Uma vitória para a biodiversidade: graças a esforços, a população de tigres cresceu na Índia. Porém, no resto do mundo, o ser humano continua ameaçando os felinos, com a caça e o desmatamento de seu habitat.
Luta bem-sucedida
Os esforços da Índia valeram a pena: sua população de tigres cresceu 30%. O sucesso se deve às melhorias nas 40 reservas do país e a estratégias para evitar encontros fatais entre os animais e humanos. No resto do planeta, entretanto, seu número continua caindo. O homem é a grande ameaça, seja devido à caça clandestina ou ao desmatamento do habitat dos felinos.
Rei entre os tigres
Ainda existente em estado selvagem em 13 países da Ásia, o felino conta com cinco ou seis subspécies (a questão é controversa). O tigre-indiano é também denominado tigre-de-bengala ou tigre-real. O termo não tem origem científica, mas sim na linguagem dos caçadores ingleses. Estes chamavam de "royal tigers" os exemplares especialmente admiráveis, de cores bem contrastantes e listras contínuas.
Nem todos os gatos são pardos
Na gama das espécies, o pequeno tigre-de-sumatra, de pelo contrastante, e o imponente e pálido tigre-siberiano representam dois extremos. Enquanto o primeiro mede 140 cm da ponta do focinho até a raiz da cauda, seu parente do Norte alcança 280 cm e um peso de 250 kg. O misterioso tigre-branco, por sua vez, não é uma subespécie nem um albino, mas sim uma variante cromática do tigre-de-bengala.
Infância difícil
Enquanto na natureza os tigres vivem cerca de 15 anos, nos zoológicos eles chegam a ultrapassar os 20 anos. Uma fase crítica é a infância, quando a taxa de mortalidade entre os espécimes selvagens é de 60%. As fêmeas têm uma média de três crias por vez, e no início têm que tomar muito cuidado, pois tigres nascem cegos. Mas após um ano e meio, eles já estão aptos a caçar sozinhos.
Patas fatais
Embora os tigres prefiram liquidar suas vítimas quebrando-lhes a nuca com os dentes, suas patadas são igualmente fatais. Basta uma para partir a coluna vertebral de um urso, por exemplo. Indicados pela medicina asiática tradicional como remédio contra febre, a outra grande arma do tigre, seus dentes, são, por vezes, também sua perdição. Essa e outras superstições estimulam a caça furtiva.
Língua afiada
Na medicina tradicional asiática, também os pelos dos bigodes do tigre são considerados cura infalível para dor de dente. Sua áspera língua é coberta por centenas de papilas gustativas, como a de todos os felinos. Estas não servem só para saborear, mas também para consumir a caça: medindo cinco milímetros e em forma de ganchos, as papilas lhes permitem até raspar os ossos.
Sem medo da água
Ao contrário dos gatos domésticos, leões e leopardos, os tigres gostam de se banhar. Eles adoram brincar na água e, no calor da caça, são capazes de nadar vários quilômetros. Subir em árvores, por outro lado, não é uma de suas especialidades.