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Testes de covid-19 se esgotam em minutos em mercados alemães

6 de março de 2021

Clientes promovem corrida às lojas no primeiro dia de venda de testes domésticos para coronavírus em redes varejistas do país. Filiais têm filas na entrada, e sites de venda saem do ar devido à demanda.

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Profissional realiza teste de covid
Testes rápidos têm estado disponíveis gratuitamente só para algumas categorias profissionais na AlemanhaFoto: Marijan Murat/dpa/picture alliance

Os primeiros testes rápidos de covid-19 a serem livremente vendidos na Alemanha se esgotaram em minutos na rede de supermercados que iniciou a venda dos produtos neste sábado (06/03).

As lojas da cadeia de supermercados alemã Aldi ofereceram os testes, conforme haviam anunciado ao longo da semana, ao preço de 25 euros (R$ 170) por caixa de cinco unidades .

De acordo com a versão online do jornal Die Zeit, em diferentes filiais dos estados de Berlim e Brandemburgo os testes se esgotaram já minutos depois das 7h, horário da abertura das lojas. O mesmo teria ocorrido em outras regiões.

A mídia alemã também divulgou imagens de filas de madrugada na porta dos supermercados Aldi, com pessoas de máscaras e com carrinhos de compras nos estacionamentos, antes de as portas serem abertas.

A Aldi, prevendo a grande demanda, limitou a quantidade vendida por cliente em um pacote por pessoa. A empresa afirmou que mesmo assim, se surpreendeu com a procura e que vai repor o estoque em breve.

A rede rival Lidl, que também começou a oferecer testes rápidos de coronavírus neste sábado, mas apenas em seu site. Entretanto enfrentou problemas de servidor devido à sobrecarga de visitas ao site.

Nos próximos dias, outras grandes redes de distribuição alemãs, como Rewe e Edeka, assim como as drogarias DM e Rossmann, devem começar a comercializar também os testes rápidos. Farmácias também indicaram a intenção de vendê-los.

Venda liberada ao público

As autoridades sanitárias alemãs liberaram no fim de fevereiro a venda de testes rápidos para uso doméstico. O Instituto Alemão de Medicamentos e Dispositivos Médicos (BfArM) publicou uma lista de testes domiciliares que receberam aprovação especial.

Os testes rápidos, seja para uso doméstico ou por pessoal especializado, também sofrem com a falta de padrões. O Instituto Paul Ehrlich, da Alemanha, desenvolveu critérios mínimos a serem seguidos pelos fabricantes de testes, mas eles são diretrizes, e não exigências.

Os testes podem fornecer um resultado razoavelmente preciso em menos de 30 minutos. Mas as autoridades de saúde pública advertem que eles exigem cuidado especial na avaliação do resultado e não podem conter a disseminação da infecção por si só.

Apesar do risco de falsos negativos, as autoridades esperam que testes mais rápidos identifiquem mais casos, levando a um isolamento mais rápido dos infectados e permitindo que as pessoas não infectadas continuem com suas vidas.

Os testes rápidos são, juntamente com a campanha de vacinação, um pilar fundamental da estratégia do governo alemão para enfrentar a pandemia. Berlim acredita que o uso massivo desses testes vai ajudar a detectar os infectados com mais rapidez e interromper, assim, cadeias de infecções.

Testes rápidos estão disponíveis gratuitamente na Alemanha para trabalhadores essenciais, como professores e pessoal médico. Todos os outros têm que pagar por seus próprios testes, em um consultório médico ou centro de testes improvisados.

Testes gratuitos

O governo alemão planeja, a partir da próxima semana, implementar um grande programa nacional de testagem rápida para covid-19, como medida fundamental para que o país possa, aos poucos, suspender as restrições sociais.

Segundo o plano, definido na quarta-feira pelo governo de Angela Merkel e os governadores dos estados, cada pessoa na Alemanha terá direito a um teste por semana gratuitamente. Esses testes gratuitos poderão ser feitos em centros de testagem, no consultório médico ou no local de trabalho, e serão administrados por pessoal treinado.

A Alemanha registrou neste sábado 9.557 novos casos e 300 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, números ligeiramente inferiores aos registrados no sábado anterior.

A incidência acumulada nos últimos sete dias em todo o país é de 65,6 casos por 100 mil habitantes, o que significa que essa variável se mantém estável.

Em comparação, a incidência cumulativa da sexta-feira foi de 65,4 e na semana anterior, 63,8.

No total, a Alemanha contabiliza 2.492.079 pessoas infectadas, das quais cerca de 2.299.400 se recuperaram, e 71.804 mortes por Sars-CoV2.

Segundo dados desta sexta-feira, a Alemanha vacinou 4,915 milhões de pessoas, das quais apenas 2,410 milhões receberam as duas doses (2,9% da população).

md (EFE, AFP)