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Ataque talibã

19 de agosto de 2011

Talibã reivindica autoria do atentado suicida contra o centro cultural do Reino Unido na capital do Afeganistão. Segundo governo afegão, ao menos oito pessoas morreram e 16 ficaram feridas no atentado.

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Seguranças observam local do ataque suicida em CabulFoto: AP

Pelo menos oito pessoas morreram num ataque suicida contra o British Council em Cabul, nesta sexta-feira (19/08), um feriado que marca a independência do Afeganistão do Reino Unido, em 1919. Entre os mortos está um soldado da Otan.

De acordo com o mais recente balanço do Ministério afegão do Interior, a maioria dos mortos eram seguranças e agentes da polícia. O ataque causou ainda 16 feridos, entre os quais seguranças do British Council, o centro cultural do Reino Unido.

O ataque suicida ocorreu por volta das 5h45 locais, quando se verificaram duas fortes explosões, com alguns minutos de intervalo. As explosões foram seguidas por disparos esporádicos no bairro de Kart-e-Parwan, na zona oeste de Cabul, a cerca de seis quilômetros do centro da cidade, segundo testemunhas.

Cinco terroristas teriam participado da ação, segundo as agências de notícias Reuters e AFP. O primeiro conduziu um carro até o portão do British Council. O automóvel explodiu no local, matando o condutor. Uma segunda explosão ocorreu logo após a primeira.

As explosões abriram caminho para outros militantes entrarem no prédio. Segundo a AFP, ao menos quatro invadiram o local. Após mais de oito horas de troca de tiros, o Ministério do Interior confirmou o fim da ação. Todos os militantes foram mortos.

Um porta-voz do Talibã disse à Reuters que o ataque era um recado para o governo afegão e para o governo britânico. "Estamos lembrando a eles que vamos de novo nos tornar independentes de todos os estrangeiros, especialmente dos britânicos."

O governos do Reino Unido e da Alemanha condenaram a ação terrorista. "Não vamos permitir que as forças do terrorismo impeçam nosso caminho de cooperação e a transferência de responsabilidades", afirmou o ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle.

AS/rtr/afp/lusa
Revisão: Carlos Albuquerque