T-Mobile aumenta faturamento e lucro
26 de agosto de 2002O faturamento e o lucro da operadora de telefonia móvel T-Mobile, subsidiária da Deutsche Telekom e líder do mercado alemão, cresceram no primeiro semestre de 2002. A T-Mobile pretende cooperar com a britânica 02, subsidiária da British Telecom, na construção da rede 3G (UMTS).
"Foi o melhor semestre da história da empresa", afirmou René Obermann, presidente da T-Mobile, ao apresentar o balanço nesta segunda-feira (26/8).
O faturamento cresceu 53%, em relação ao do ano passado, para € 9,1 bilhões. O lucro operacional, antes de serem contabilizados os juros, impostos e atividades acessórias, aumentou 86,1% para € 2,56 bilhões. O número de clientes cresceu 20% para um total de € 57,5 milhões.
Esses números comprovam que a T-Mobile está no caminho certo, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, afirmou o diretor financeiro, Thomas Winkler. A subsidiária norte-americana VoiceStream teve importante participação no crescimento global.
A VoiceStream tem agora mais de 8 milhões de clientes, um aumento de 35% em relação a 2001. Com lucro operacional de € 282 milhões, a empresa apresentou pela primeira vez um balanço positivo.
Crescimento na Europa
Na Alemanha, a T-Mobile consolidou sua liderança no mercado. O número de clientes cresceu 5% para 23,3 milhões. O faturamento cresceu aproximadamente 9% para mais de € 3,7 bilhões e o lucro operacional 44% para mais de € 1,5 bilhão.
Os principais mercados da T-Mobil são Alemanha, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Áustria e República Tcheca, onde se concentram 47,5 milhões de clientes. As joint ventures da T-Mobi na Holanda, Polônia e Rússia representam 10 milhões de clientes (+ 3,7 milhões em relação a 2001).
Colaboração entre T-Mobile e O2
A T-Mobile e a operadora britânica 02, subsidiária da British Telecom, pretendem colaborar na construção de suas redes de telefonia móvel 3G. O projeto de aliança depende da aprovação da Comissão Européia, mas tudo indica que Bruxelas dará o sinal verde, segundo divulgou nesta segunda-feira (26/8) a edição alemã do jornal Financial Times.
O objetivo da aliança é simplesmente reduzir custos. A construção da rede de transmissão UMTS (Universal Mobile Telecommunication System) amorteceu as expectativas de lucros das operadoras européias. Tanto a Vodafone quanto a T-Mobile adiaram à entrada em operação de suas redes 3G, alegando problemas com os telefones celulares.
A T-Mobile estima que a construção da rede 3G na Alemanha e Grã-Bretanha custará € 9 bilhões. Através da aliança, a T-Mobile e a O2 pretendem poupar 30% nos custos. As operadoras querem utilizar em conjunto as mesmas torres e equipamentos, posteriormente também os mesmos aparelhos de transmissão e recepção. Mas as redes serão exploradas separadamente por cada operadora.