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Supostos neonazistas agridem deputado alemão em Moscou

27 de maio de 2006
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Volker Beck (c) foi agredido no rosto durante passeata em MoscouFoto: AP
Abgeordneter Volker Beck bei Demo angegriffen
Volker Beck (c) foi agredido no rosto durante passeata em MoscouFoto: AP

O deputado alemão Volker Beck, do Partido Verde, foi agredido com pedras e socos por supostos neonazistas neste sábado (27/05), em Moscou, onde participou de uma demonstração proibida de homossexuais.

A prefeitura de Moscou havia proibido a passeata, que marcaria o encerramento de um congresso de homossexuais, alegando que havia "perigo de tumulto e desordem pública". O prefeito da cidade, Júri Luschkov, declarou ontem que passeatas de homossexuais são "absolutamente inaceitáveis" na Rússia.

Mesmo assim, os participantes do congresso saíram às ruas neste sábado; vários deles foram presos. Segundo informações da polícia russa, também foram detidos adversários do protesto. Eles haviam gritado slogans como "Moscou não é Sodoma" e "honra à Rússia".

Beck disse ao site Spiegel Online que a polícia formou um cordão de segurança atrás dos manifestantes, o que impedira a fuga diante da aproximação de adversários violentos. "A polícia de Moscou falhou completamente em sua estratégia", acusou o parlamentar. O deputado contou que foi atingido por uma pedra na cabeça e que levou uma bofetada no rosto.

Beck relatou ainda que foi detido e interrogado durante uma hora pela polícia. A carteira de diplomata, que ele possui como parlamentar, não teria adiantado nada. "Só fui libertado após intervenção da embaixada alemã em Moscou", contou. Segundo organizações de homossexuais, os ataques partiram de supostos nacionalistas russos.