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Suposto ataque químico atinge civis na Síria

5 de fevereiro de 2018

Ao menos nove pessoas apresentam sintomas de intoxicação por gás cloro após bombardeio em Idlib. Estados Unidos acusam governo sírio por supostos ataques químicos recentes em redutos rebeldes.

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Nove pessoas ficaram feridas após suposto ataque químico na Síria
Nove pessoas ficaram feridas após suposto ataque químico na SíriaFoto: picture alliance/AA/M. Bekkur

Um suposto ataque químico em Saraqueb, na província síria de Idlib, deixou ao menos nove pessoas feridas, afirmaram médicos e equipes de resgate nesta segunda-feira (05/02). O bombardeio, que ocorreu um dia após a morte de um piloto russo na região, é atribuído ao regime do presidente Bashar al-Assad.

De acordo com a Sociedade Médica Sírio-Americana, uma organização que apoia hospitais no país, médicos em Idlib reportaram 11 pacientes com sintomas de intoxicação por cloro. Já Radi Saad, do grupo de voluntários Defesa Civil Síria, disse que nove pessoas sofreram lesões. Saad afirmou que dois barris contendo gases químicos foram jogados de helicópteros na noite de domingo na cidade.

Leia mais: Quais são as forças que combatem na Síria?

Os bombardeios se intensificaram em Idlib, região controlada por rebeldes do Organismo de Libertação do Levante, após um avião russo ter sido abatido por míssil antiaéreo. O piloto foi morto num tiroteio depois de saltar de paraquedas.

Médicos e voluntários de equipes de resgate também acusaram o governo sírio de usar gás cloro em pelo menos três ocasiões no último mês na região de Ghouta Oriental, reduto rebelde que tem cerca de 400 mil habitantes e está cercado desde 2013. 

Acusação internacional

Além de organizações locais, os Estados Unidos também denunciaram nesta segunda-feira os supostos ataques recentes com armas químicas na Síria e acusaram a Rússia de proteger o regime de Assad.

"Temos relatórios de que o regime de Assad usou gás cloro contra sua própria gente várias vezes em semanas recentes, inclusive neste domingo. Há provas óbvias de dúzias de vítimas", disse ao Conselho de Segurança a embaixadora americana, Nikki Haley.

Segundo Haley, seu país propôs aos demais membros uma declaração de condenação desses ataques, cuja adoção foi "atrasada" pela Rússia.

O embaixador russo, Vasily Nebenzia, afirmou, pouco depois, que Moscou está disposto a aprovar uma condenação contra o uso de armas químicas, mas disse que não pode apoiar a linguagem usada por Washington e alegou que tem sido promovida uma "campanha de propaganda" que visa acusar o governo sírio pelos ataques, cujos autores não teriam sido identificados. 

No último ano, Moscou vetou em várias ocasiões a continuidade do mecanismo internacional encarregado de investigar quem usou esse tipo de armamento proibido na Síria por considerar que seu trabalho não era independente nem profissional.

O governo sírio nega veemente usar armas químicas durante o conflito na Síria, que já dura quase oito anos, e alega ainda ter entregado seu arsenal à Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) em 2013.

CN/rtr/dpa/efe/lusa

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