Steinmeier e Kerry apontam obstáculos em negociações com Irã
12 de março de 2015Após encontro em Washington na noite desta quarta-feira (11/03), o secretário americano de Estado, John Kerry, e o ministro alemão do Exterior, Frank-Walter Steinmeier ressaltaram a importância das negociações em curso com o Irã sobre o programa nuclear do país.
O chefe da diplomacia alemã destacou que houve avanços na última rodada de negociações com o governo em Teerã. "Mas nós [Steinmeier e Kerry] acreditamos que nem todos os obstáculos foram superados. O Irã precisa mostrar ação", disse Steinmeier, no primeiro dos três dias de viagem aos EUA.
Segundo Kerry, o Irã precisa fazer "escolhas fundamentais", para provar ao mundo que "não está no caminho da construção de armas nucleares, e para que o mundo possa estar seguro sobre em quais atividades o país está envolvido".
Líderes ocidentais acusam o governo iraniano de, há mais de uma década, desenvolver armas nucleares sob o pretexto de um programa nuclear civil. Teerã nega a intenção.
Na próxima segunda-feira, o ministro iraniano do Exterior, Mohammad Javad Zarif, participará em Bruxelas de um encontro com Steinmeier, Kerry e os ministros do Exterior da França, Reino Unido, Rússia e China em mais uma tentativa de se chegar a um acordo até o fim de março. Países ocidentais estão dispostos a afrouxar as sanções impostas ao Irã caso se chegue a um acordo.
Apelo à paz na Ucrânia
Steimeier e Kerry também pediram às partes envolvidas no conflito da Ucrânia que honrassem os termos do recente acordo de cessar-fogo. A trégua entre as tropas de Kiev e separatistas pró-Rússia foi acertada no mês passado em Minsk, em negociações intermediadas pelos chefes de governo da Alemanha, França e Rússia.
"Não estamos felizes ou satisfeitos com o que conseguimos alcançar até agora. Longe disso. Temos que manter a pressão sobre as partes envolvidas no conflito", afirmou Steinmeier.
O ministro alemão disse ter conversado com o homólogo russo Serguei Lavrov, por telefone, a caminho de Washington. Steinmeier disse ter apelado mais uma vez para que Moscou, acusado pelo Ocidente de intervir no conflito no país vizinho, ajude a fazer com que as "violações diárias do cessar-fogo cheguem ao fim".
MSB/dpa/rtr