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Sem favorito claro, candidatos fazem últimos atos eleitorais

26 de setembro de 2021

Candidato do SPD, Olaf Scholz participou de comício em Potsdam e disse que coalizão com Verdes seria seu "resultado favorito". Já o nome da CDU, Armin Laschet, contou com o reforço de Merkel em seu último ato, em Aachen.

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Mulher caminha em uma calçada. Ao fundo, dois cartazes grandes dos dois candidatos.
Scholz (SPD) tem 25% das intenções de voto e Laschet (CDU) tem 23%Foto: Arne Dedert/dpa/picture alliance

O sábado (25/09) marcou os últimos atos de campanha dos dois candidatos que lideram as pesquisas para as eleições federais deste domingo na Alemanha, que prometem entrar para a história como uma das mais acirradas de todos os tempos.

Às vésperas do pleito, levantamentos mostram que não há um favorito claro, com as duas legendas que dividiram o poder em três dos quatro mandatos de Angela Merkel como chanceler federal empatadas dentro da margem de erro.

O Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), que concorre com o vice-chanceler Olaf Scholz, continua na liderança, com 25% dos votos, segundo sondagem divulgada pela emissora de televisão ZDF. No entanto, sua vantagem vem diminuindo levemente nas últimas semanas.

Em segundo lugar está Armin Laschet, da União Democrata Cristã (CDU) e da União Social Cristã (CSU), com 23% das intenções de voto. Em terceiro, vem Annalena Baerbock, do Partido Verde (16,5%), que encerrou a campanha na sexta-feira e não participou de atos públicos neste sábado.

Merkel faz último apelo

Governador da Renânia do Norte-Vestfália, Laschet agarrou-se a Merkel, sua colega de partido, na esperança de usufruir de sua popularidade e levar alguns votos dos muitos indecisos.  

Merkel, de blazer azul, e Laschet, de blazer escuro, acenam.
Merkel classificou Laschet como um "construtor de pontes"Foto: Martin Meissner/AP/picture alliance

A chanceler federal fez um endosso final a favor do candidato conservador de centro-direita, na cidade de Aachen, no oeste do país, classificando-o como um "construtor de pontes".

"Para manter a Alemanha estável, Armin Laschet deve se tornar chanceler, e a CDU e a CSU devem ser a grande força", disse Merkel.

Laschet agradeceu Merkel por seus "16 anos de trabalho árduo", mas logo voltou seu discurso para atacar o principal oponente político.

Como já havia feito na sexta-feira, Laschet voltou a chamar atenção para uma possível guinada da Alemanha à esquerda, com uma coalizão do SPD, com Verdes e A Esquerda, caso os sociais-democratas vençam. Laschet alertou ainda para "experimentos ideológicos" na política econômica caso o SPD ganhe, o que, segundo ele, significaria "jogar fora" tudo o que foi construído nos últimos 16 anos.

SPD quer coalizão com Verdes

Paralelamente ao evento em Aachen, Scholz, fez sua última aparição em seu distrito eleitoral, em Potsdam, cidade próxima a Berlim.

Scholz fala para um grupo de pessoas ao lado de um cartaz da SPD.
Scholz destacou em seu último discurso o aumento do salário mínimoFoto: Soeren Stache/dpa-Zentralbild/picture alliance

O atual vice-chanceler disse que formar uma coalizão governamental com os Verdes seria seu resultado "favorito" para a eleição deste domingo. Ele acrescentou que, sob sua liderança, o gabinete seria "metade homens e metade mulheres".

No último discurso, o social-democrata destacou temas como educação e moradia a preços acessíveis e comprometeu-se com os menos favorecidos, prometendo um incremento no salário-mínimo. 

"Um aumento para 12 euros [a hora] significa um aumento de salários para dez milhões de pessoas neste país, razão pela qual é uma questão que mexe com todo o país", disse.

FDP critica Partido Verde

Christian Lindner, líder do Partido Liberal Democrático (FDP), que está em quarto lugar nas pesquisas, com 11% das intenções de voto, fez campanha em Colônia e em Düsseldorf. Ele alertou contra os Verdes, sigla que pede mais intervenção do estado e mais regulamentação – justamente o oposto do que prega a FDP.

Lindner fala em cima de um placo para um grupo grande de pessoas. A grande maioria usa máscara.
Lindner participou de evento em DüsseldorfFoto: Malte Krudewig/dpa/picture alliance

"Temos dinheiro, também temos know-how. Só falta uma coisa: a luz verde. Precisamos de planejamentos e processos de aprovação mais rápidos na Alemanha", disse Lindner no último dia de campanha.

Assim como o Partido Verde, A Esquerda e Alternativa para Alemanha (AfD) também concluíram seus eventos eleitorais na sexta-feira e não realizaram comícios neste sábado.

le (ots)