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Selada ampliação da União Européia

rw14 de dezembro de 2002

Dez novos membros a partir de 2004, prazo de dois anos para decidir quando começam negociações com a Turquia e concessões à agropecuária marcam fim do encontro em Copenhague.

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Rasmussen (e) e Schröder (d), satisfeitos com resultados da conferênciaFoto: AP

Os chefes de Estado e de governo dos 15 países da União Européia (UE) selaram em Copenhague o ingresso de dez novos membros em 1º de maio de 2004. As negociações mais acirradas foram em torno das exigências da Polônia, que queria mais subvenções e cotas mais altas de produção de leite, no que acabou atendida.

Com duas horas de atraso em relação ao cronograma oficial, o presidente da UE e premiê da Dinamarca pôde anunciar, na noite desta sexta-feira (13), que estava livre o caminho para a ampliação da União Européia a 25 países membros. "Pela primeira vez na história, a Europa se une de forma pacífica", completou Anders Fogh Rasmussen.

Como tivessem fracassado as negociações para a reunificação do Chipre, feitas às margens da conferência de cúpula, foi decidido que inicialmente será aceita apenas a parte da ilha dominada pela Grécia (que já é membro da UE). Os dez novos países são: a Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Eslovênia, Estônia, Lituânia, Letônia, Malta e Chipre (região greco-cipriota).

Enquanto já pela tarde a maioria dos candidatos havia aprovado as condições para ingressar na União Européia, Polônia, Hungria e a República Tcheca insistiam em receber mais. No total, foi prometido a todos os novos membros um pacote de subvenções e ajudas no valor de 40 bilhões de euros, cerca de 25 euros por habitante das atuais 15 nações participantes.

Negociações com a Turquia

Um dos momentos controversos na conferência de cúpula foi a decisão de estipular o prazo de dois anos para observar o cumprimento dos direitos humanos na Turquia. Se o parecer depois disso for positivo, serão iniciadas as negociações para a integração do país na UE.

Entre as reações iniciais do primeiro-ministro turco em Copenhague, houve acusações de discriminação e de que seu país não aceitaria a imposição. Mas, depois de um encontro com o chanceler federal Gerhard Schröder e o presidente francês, Jacques Chirac, Abdullah Gül se conteve e deu sinais de aceitar o que já estava mesmo decidido.

"Se os chefes de Estado e de governo, reunidos na cúpula de dezembro de 2004, constatarem, por recomendação da Comissão Européia, que a Turquia cumpriu os critérios, a UE iniciará as negociações para o ingresso da Turquia", disse Rasmussen.

A decisão corresponde mais ou menos à proposta conjunta da Alemanha e França, pela qual as negociações com Ancara devem começar em meados de 2005.