1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
SociedadeFrança

Segunda pessoa mais velha do mundo sobrevive à covid-19

10 de fevereiro de 2021

Às vésperas de completar 117 anos, freira francesa recebe a notícia de que está curada. Considerada a mais velha cidadã europeia, ela testou positivo em janeiro e não apresentou sintomas.

https://p.dw.com/p/3p9th
Lucile Randon, conhecida como irmã André
Após se curar da covid--19, irmã André se prepara para comemorar aniversário de 117 anosFoto: Valerie Le Parc/MAXPPP/dpa/picture alliance

Uma freira francesa de 116 anos considerada a europeia mais velha e a segunda pessoa mais velha do mundo sobreviveu à covid-19 e se prepara para comemorar seu 117º aniversário nesta quinta-feira (11/02).

Nascida em 11 de fevereiro de 1904, a francesa Lucile Randon, conhecida como irmã André, é a segunda pessoa mais velha atualmente no mundo, segundo o ranking mundial do Grupo de Pesquisa de Gerontologia (GRG). A pessoa mais velha é a japonesa Kane Tanaka, que fez 118 anos em 2 de janeiro. As 20 pessoas mais velhas do mundo na lista do GRG são todas mulheres.

A mídia francesa informa que a irmã André testou positivo para o vírus em 16 de janeiro. Mas apenas três semanas depois, a freira é considerada recuperada. "Eu nem sabia que tinha", disse ela ao jornal francês Var-Matin. Ela foi isolada dos outros residentes do asilo onde vive, mas não apresentou sintomas da doença.

Preocupação com os outros

Irmã André, que é cega e cadeirante, nem mesmo se preocupou ao receber o diagnóstico. "Ela não me perguntou sobre sua saúde, mas sobre seus hábitos", afirmou ao periódico David Tavella, gerente de comunicações do asilo Sainte Catherine Labouré, onde mora a freira, localizado na cidade de Toulon, no sul da França. "Por exemplo, ela queria saber se os horários das refeições ou de dormir mudariam. Ela não demonstrou medo da doença. Por outro lado, ela ficou muito preocupada com os outros residentes.''

Quando a reportagem da emissora de TV francesa BFM perguntou à irmã André se ela teve medo, a freira respondeu: "Não. Não tive medo porque não tenho medo de morrer. Estou feliz de estar com vocês, mas gostaria de estar em outro lugar, me juntar a meu irmão mais velho, a meu avô, à minha avó."

Nem todos os residentes do asilo tiveram a mesma sorte de irmã André. Em janeiro, 81 dos 88 residentes testaram positivo para o vírus, e cerca de dez deles morreram, de acordo com Var-Matin.

Assim que os médicos declararam que a freira não estava mais infectada, ela foi autorizada a assistir missas novamente.

md/lf (AP, Reuters)