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Salário mínimo deve barrar redução da economia informal

Rolf Wenkel (mp)4 de fevereiro de 2015

Apesar do mercado de trabalho aquecido, introdução do mínimo de 8,50 euros por hora estimula trabalho ilegal no país, preveem especialistas. Setor deve ser responsável por 12% do PIB em 2015.

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Foto: picture-alliance/ZB

O mercado de trabalho aquecido e o crescimento econômico – que deve ter desempenho baixo, mas positivo – devem frear a expansão da economia informal na Alemanha. Em contraste, o aumento das contribuições sociais e a introdução do salário mínimo de 8,50 euros por hora (cerca de 25 reais) servem como incentivo a esse tipo de trabalho.

Esse é o prognóstico apresentado pelo especialista em economia informal, Friedrich Schneider, da Universidade de Linz, e pelo Instituto para Pesquisa Econômica de Tübingen. Eles calculam que a economia informal será responsável por 12% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, a mesma percentagem de 2014.

Entende-se como economia informal o trabalho clandestino ou ilegal, como atividades temporárias irregulares e aquelas que tenham como objetivo reduzir gastos com impostos e seguro social.

Conjuntura favorável

O estudo aponta que, considerando apenas a previsão conjuntural e a situação favorável do mercado de trabalho, a economia informal deveria encolher cerca de 1,3 bilhões de euros neste ano. No entanto, um ligeiro aumento nas contribuições para a segurança social e a introdução do salário mínimo tendem a ter o efeito contrário, de reforço à economia informal.

Os pesquisadores preveem que, em 2015, a economia informal aumente devido à maior contribuição para o seguro para cuidados na velhice (Pflegeversicherung). Por outro lado, a contribuição para a aposentadoria foi reduzida de 18,9% para 18,7%, amortecendo o incremento do trabalho irregular.

Levando em conta a influência dos fatores que incentivam e inibem a economia informal, o estudo conclui que ela sofrerá "um ligeiro aumento de 200 milhões de euros".

Em comparação com outros países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o volume da economia informal na Alemanha fica num nível intermediário, semelhante ao da França e ao dos países escandinavos. Os autores do estudo preveem, no entanto, que em 2015 a economia paralela encolha na maioria dos membros da OCDE.

Os países do sul da Europa – Grécia, Itália, Portugal e Espanha – continuam no topo da lista, com a economia informal variando entre 18% e 22% do PIB.