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Síria entrega plano para destruição de armas químicas à Opaq

27 de outubro de 2013

Assad cumpre prazo imposto por organização internacional e mostra como pretende acabar com gases tóxicos até 2014. Extremistas islâmicos ameaçam boicote à convenção pela paz síria, marcada para novembro em Genebra.

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Foto: picture-alliance/AP

O governo sírio cumpriu a promessa à comunidade internacional e entregou, antes mesmo do prazo estipulado, um plano para a eliminação de seu arsenal químico. A Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) divulgou a notícia neste domingo (27/10) em Haia, na Holanda.

Os documentos foram entregues na quinta-feira passada, três dias antes do fim do prazo estipulado. Os dados serão a base "para uma destruição sistemática, total e controlada das armas químicas e unidades de produção declaradas", informou a Opaq. Não foram revelados detalhes sobre as quantidades de gases tóxicos, nem de fábricas de armamentos, informadas pelo regime de Bashar al-Assad.

Anteriormente, Damasco fornecera dados sobre depósitos de gás e centrais de produção em 23 locais, dos quais 19 já foram examinados pelos inspetores da Opaq. Consta, ainda, que em vários deles a eliminação dos arsenais já foi iniciada.

Sob ameaça de intervenção militar dos Estados Unidos e da Rússia, até então aliada fiel dos sírios, Assad finalmente concordou em associar-se à Convenção sobre Armas Químicas em meados de outubro. Esse acordo internacional proíbe o desenvolvimento, o porte e o emprego de artefatos de extermínio em massa.

De acordo com uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Síria deverá viabilizar a destruição de todas as suas armas químicas até meados do próximo ano. Especialistas estimam o volume destas em cerca de mil toneladas.

Oposição à conferência de paz

Enquanto isso, extremistas islâmicos aumentam a oposição contra a conferência de paz para a Síria planejada para o fim de novembro em Genebra, na Suíça. Um total de 19 grupos de rebeldes islamistas sírios anunciou a intenção de boicotar o evento.

Em uma mensagem conjunta de vídeo, Ahmad Eissa al-Sheikh, líder da brigada Suqur al-Sham, alegou que a conferência "não é do interesse do povo e da revolução". Os participantes dispostos ao diálogo foram ameaçados de "ter que responder" diante dos tribunais dos extremistas.

Außenminister Iran Mohammed Javad Zarif Lakhdar Brahimi Tehran Iran
Ministro iraniano do Exterior, Mohammed Javad Zarif (e), e Lakhdar Brahimi em TeerãFoto: picture-alliance/dpa

Atualmente em giro pelos Estados do Golfo Pérsico e Oriente Médio, o enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria, Lakhdar Brahimi, é esperado nesta segunda-feira em Damasco. No domingo, o presidente do Irã, Hassan Rohani, garantiu a Brahimi que ele desempenhará um "papel construtivo" em Genebra, caso seja convidado.

AV/dpa/afp/rtr/epd