São Paulo confirma três mortes por febre amarela
23 de janeiro de 2017A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou nesta segunda-feira (23/01) três mortes por febre amarela desde o início do ano no estado. Autoridades investigam ainda três mortes suspeitas de estarem relacionados com o vírus.
Em dois casos confirmados, nas cidades de Américo Brasiliense e Batatais, a infecção foi autóctone, ou seja, transmitida localmente. Já na morte registrada em Santana do Parnaíba, a vítima contraiu a doença em Minas Gerais.
Nas outras três suspeitas, as vítimas também estiverem em Minas Gerais e voltaram para São Paulo com os sintomas da doença. O estado investiga também sete pacientes com suspeita de febre amarela.
Em 2016, o estado de São Paulo registrou, ao todo, duas mortes por febre amarela: uma em Ribeirão Preto e outra em Bady Bassit. No primeiro caso, suspeita-se que a vítima, que morava perto de uma região de mata, contraiu o vírus após ser picada por uma espécie silvestre do mosquito Aedes aegypti. No segundo, o local da infecção foi uma área silvestre.
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Desde o início do ano, o Brasil enfrenta um surto de febre amarela. O estado mais atingido foi Minas Gerais, onde o Ministério da Saúde confirmou 25 mortes relacionadas à doença e investiga outros 71 óbitos. O estado registrou ainda 272 casos suspeitos de infecção. No Espírito Santo, há 11 pacientes que podem ter contraído o vírus.
Em 2016, foram confirmados somente sete casos da doença, sendo três em Goiás, dois em São Paulo e dois no Amazonas. Do total, cinco resultaram em morte.
A febre amarela tem vacina e é causada pelo vírus da família flaviviridae. A doença infecciosa febril aguda pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. Ela é transmitida por mosquitos, entre eles o Aedes aegypti – o mesmo da dengue, zika e febre chikungunya – e é comum em macacos, que são os principais hospedeiros do vírus.
A doença é considerada endêmica em regiões rurais e de florestas do país. De acordo com o Ministério da Saúde, não há registros da transmissão da febre amarela em áreas urbanas no Brasil desde 1942.
CN/efe/abr