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Rock 'n' roll vai parar no museu

lk21 de julho de 2004

Cidade alemã próxima à fronteira com a Holanda tem primeiro museu de rock e pop da Europa. Idéia partiu do mais famoso filho do lugar, o roqueiro Udo Lindenberg.

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A música da década de 80 documentada em GronauFoto: AP

Elvis Presley, John Lennon, Bob Dylan... e Gronau. Se depender dos organizadores, o nome da cidade situada na Vestfália (oeste da Alemanha) será mencionada toda vez que se falar dos astros da música pop das últimas décadas. Gronau, próximo à fronteira com a Holanda, abriga o Museu Alemão do Rock e Pop, o primeiro do gênero na Europa. Uma instituição como essa provavelmente nunca teria ido parar lá, não fosse "o filho mais famoso da cidade", o veterano roqueiro Udo Lindenberg.

Até se perdeu a conta de quando ele teve a idéia, sentado num kneipe (bar) de Gronau com amigos. Demorou, mas agora ela está aí, concretizada no antigo prédio de uma fábrica têxtil, a história da música popular do século 20 apresentada em vitrines. A praça em frente à nova meca dos fãs do pop – o museu espera 60 mil visitantes por ano – recebeu apropriadamente o nome de Udo Lindenberg. Presente à inauguração na terça-feira (20/07) à noite, o astro constatou modesto: "Agora Gronau também é uma metrópole mundial – ao lado de Liverpool".

Estojo de haxixe de Lennon e caracol de Presley

rock n popmuseum Rockausstellung in Bonn
A gaita de Bob Dylan está autografadaFoto: dpa

A exposição permanente pretende ser mais do que mero alinhamento de nomes e gêneros. Os objetos expostos, os documentos em áudio e imagem, cartazes e instalações multimídia foram selecionados de modo a mostrar também o papel social e de protesto da música, o erotismo e o transe a ela relacionados, seu significado na Alemanha nazista e a rebelião que expressava nos anos 60 e 70.

Entre as principais atrações estão um estojo de haxixe utilizado por John Lennon, um caracol da lendária cabeleira de Elvis Presley, bem como seu uniforme de GI, uma gaita de Bob Dylan e luvas de Marlene Dietrich. Das modinhas populares à música tecno, do gramofone à música computadorizada – é ampla a abrangência da mostra que se recusa a ter um ar empoeirado.

A agenda do museu prevê a realização de exposições especiais, concertos, congressos e simpósios. Estará aberto também para escolares, que poderão desenvolver lá projetos musicais no âmbito de um programa nacional intitulado Schooltour.