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Remoção de minas da Segunda Guerra mata toninhas na Alemanha

Timothy Jones
22 de outubro de 2020

Relatório de agência federal alemã confirma que explosões realizadas no Mar Báltico foram responsáveis pela morte de animais encontrados em praias. Espécie é ameaçada de extinção.

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Toninha
Toninhas são as únicas espécies de cetáceos nativas das águas alemãsFoto: Ingo Wagner/dpa/picture alliance

Várias toninhas morreram no ano passado no Mar Báltico alemão devido a explosões que ocorreram durante a retirada de minas britânicas da Segunda Guerra Mundial que estavam numa área marinha de proteção ambiental, confirmou a Agência Federal de Conservação da Natureza da Alemanha (BfN) num relatório.

Pelo menos oito animais morreram devido a danos em órgãos auditivos, usados em parte pelas toninhas para navegar. Ao todo, 41 animais foram encontrados mortos em praias da região entre o início de setembro e o final de novembro. Destes, 24 foram submetidos a autópsias, voltadas a identificar as causas da morte.

Ameaçadas de extinção, as toninhas são as únicas espécies de cetáceos nativas das águas alemãs.

Em agosto do ano passado, especialistas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), com o apoio da Marinha alemã, detonaram 42 minas da Segunda Guerra que estavam num estreito do Báltico que fica entre a Dinamarca e a Alemanha. Segundo o relatório da BfN, o ruído das explosões esteve acima do nível máximo permitido em quase toda a área de proteção ambiental.

Embora tenham sido feitas tentativas de afastar os animais da região, por meio de explosões controladas menores, as toninhas permaneceram no estreito durante a operação para desativar algumas das minas.

À emissora de televisão alemã NDR, a Federação de Proteção Ambiental da Alemanha (Nabu) pediu que o governo reveja a estratégia de remoção de minas nos mares Báltico e do Norte e financie projetos de remoção que não causam danos ao meio ambiente.