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Mikhail Saakashvili

Gesine Dornblüth (sm)12 de agosto de 2008

Ele tomou o poder com uma rosa na mão, mas – com seu estilo autoritário de governar – se indispôs com correligionários e perdeu prestígio no Ocidente. Um perfil do presidente georgiano, Mikhail Saakashvili.

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Repressão de protestos populares em 2007 fez Saakashvili cair no conceito do OcidenteFoto: AP

Mikhail Saakashvili (40), um político decididamente pró-americano, é impulsivo, emocional e dominador. O posto de ministro da Justiça no governo de seu antecessor, Eduard Shevardnadze, era pouco para Saakashvili; ele queria mais. E o conseguiu.

O atual presidente georgiano chegou ao poder durante a chamada Revolução da Rosa. Após dias de protestos populares contra o então presidente Shervardnadze, dos quais participaram sobretudo os jovens georgianos, Saakashvili invadiu o Parlamento com uma rosa na mão e assumiu o governo.

Um governante pró-ocidental

Posteriormente, muitos dos correligionários daquela época se afastaram dele, geralmente por discordâncias pessoais. Seus adeptos chamam o jovem presidente pelo apelido de Misha.

Saakashvili estudou Direito nos Estados Unidos, no início da década de 90, e depois começou a trabalhar em um escritório de advocacia. Como presidente, ele tem duas grandes metas para a Geórgia. A primeira é a integração do pequeno país caucasiano à União Européia e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

"Todo georgiano se considera europeu. Não há alternativa. Se eu for reeleito, a integração ainda poderá acontecer durante a minha presidência", declarou ele.

Ambição de reconquistar províncias autônomas

Em decorrência de seu estilo autoritário de governar e das denúncias de irregularidade nas eleições, Saakashvili foi perdendo o prestígio inicial que tinha no Ocidente. Ele passou a ser alvo de críticas generalizadas por ter usado de violência para reprimir as manifestações de protesto ocorridas em novembro do ano passado, em Tbilisi, além de ter fechado uma emissora independente de televisão.

A segunda grande meta do ambicioso presidente sempre foi reconquistar as províncias separatistas da Ossétia do Sul e da Abkházia. No entanto, ele sempre ressaltou que pretendia fazê-lo por meios pacíficos.

Essa promessa Saakashvili acabou de romper, ao enviar suas tropas para a capital sul-ossetiana, Tskhinvali.