Quatro esfaqueados em ato pró-Trump nos EUA
13 de dezembro de 2020Quatro pessoas foram esfaqueadas na noite de sábado em Washington após confrontos entre partidários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e membros de movimentos antifascismo, relataram neste domingo (13/12) as autoridades da cidade.
Os tumultos ocorreram após marchas realizadas na capital dos Estados Unidos por partidários de Trump, que reiteraram suas alegações, realizadas sem evidências, de que houve "fraude maciça" nas eleições de novembro, nas quais o candidato democrata Joe Biden se elegeu presidente dos EUA.
A passeata, onde poucas pessoas usavam máscara, foi organizada pela campanha Stop The Steal (parem com o roubo), ligada a Roger Stone, um aliado de Trump.
As autoridades de Washington confirmaram que, além dos esfaqueamentos, houve prisão de 23 pessoas.
Embora durante o dia os protestos tenham transcorrido pacificamente, ao cair da noite apenas ativistas mais violentos permaneceram nas ruas, o que gerou as brigas. Entre eles, o grupo de extrema direita Proud Boys, cujos membros apareceram vestidos com sua parafernália militar usual e coletes à prova de balas, de acordo com a agência de notícias Efe.
Golpe de misericórdia
O chefe da polícia de Washington, Pete Newsham, disse no início da manhã que, apesar do grande deslocamento de tropas destinadas a manter os manifestantes de ambos os lados afastados, pequenos grupos se separaram de grandes concentrações com "a intenção de gerar conflito".
A marcha pró-Trump aconteceu um dia depois que a Suprema Corte dos Estados Unidos deu o golpe de misericórdia na tentativa do presidente de anular os resultados das eleições de 3 de novembro, rejeitando um recurso movido pelo Texas.
O tribunal decidiu rejeitar a queixa apresentada por um aliado de Trump, o procurador-geral do Texas, o republicano Ken Paxton, para reverter o resultado da votação.
"A Suprema Corte realmente nos decepcionou. Sem sabedoria, sem coragem", enfatizou Trump através de sua rede social favorita, o Twitter.
Nesta segunda-feira, o Colégio Eleitoral deve se reunir para ratificar formalmente Biden como o próximo presidente dos Estados Unidos, que tomará posse na cerimônia marcada para 20 de janeiro.
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