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Protestos antiguerra ocorrem em várias cidades do mundo

27 de fevereiro de 2022

Milhares saem às ruas em cidades como Berlim, Londres, Genebra e Sydney para demonstrar solidariedade à Ucrânia e repudiar a invasão do país pela Rússia.

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Protesto contra a invasão russa da Ucrânia em Munique, Alemanha
Cerca de 5.000 protestaram em Munique e outras cidades alemãs neste sábadoFoto: Lukas Barth/REUTERS

A invasão da Ucrânia pela Rússia motivou uma série de manifestações antiguerra em cidades ao redor do mundo neste sábado (26/02). Milhares de pessoas se reuniram em Londres, Berlim, Frankfurt, Atenas, Helsinque, Genebra, Sydney e outras cidades, com muitos manifestantes erguendo as cores da bandeira ucraniana e cartazes denunciando as hostilidades da Rússia.

Muitos dos que participaram das manifestações pediram que seus governos tomem ações mais duras contra Moscou, ao mesmo tempo em que expressaram apoio ao povo ucraniano.

Os atos seguem protestos semelhantes ocorridos em todo o mundo, inclusive na Rússia, desde que Moscou lançou sua ofensiva contra a Ucrânia na quinta-feira.

Na Suíça, organizadores dos atos afirmaram que cerca de 20 mil pessoas tomaram as ruas da capital, Berna. Em Genebra, centenas se reuniram do lado de fora da sede da ONU, com cartazes que diziam: "Diga não a Putin."

Em Londres, também centenas marcharam até a embaixada russa e espalharam sangue falso em frente à representação diplomática.

"Você olha para as pessoas reunidas aqui e todo mundo está com medo… Tivemos paz por 80 anos e, de repente, a guerra está de volta à Europa", disse um manifestante na praça Karlsplatz, em Munique, onde se reuniram cerca de 2.500 pessoas.

Também na Alemanha, milhares de pessoas participaram de um ato em Frankfurt organizado pelo Partido Verde sob o slogan "Solidariedade com a Ucrânia – Paz no Leste Europeu".

Protesto contra a invasão russa da Ucrânia em Berlim, Alemanha
Em Berlim, protesto ocorreu em frente ao Portão de BrandemburgoFoto: Christian Mang/REUTERS

Ainda houve protestos na Índia, onde a indignação foi direcionada à Otan e às potências ocidentais. "O tipo de agressão que testemunhamos na Ucrânia foi forçada pelos EUA através da Otan e também pelas forças militares russas que entraram na Ucrânia. Ambos são responsáveis por essa situação", disse um ativista no ato em Nova Deli.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, tuitou sobre um grande protesto na Estônia, afirmando: "A maior manifestação na história moderna da Estônia ocorreu em apoio à Ucrânia. Sou grato ao povo estoniano por sua solidariedade nesses tempos difíceis."

As vozes de dissidência da Rússia

Também tem havido crescentes apelos dentro da Rússia pelo fim da invasão em andamento. Uma petição assinada por centenas de profissionais médicos russos declarou oposição às hostilidades na Ucrânia.

"Nós, médicos, enfermeiros e paramédicos russos, somos decididamente contra os ataques realizados por tropas russas em território ucraniano", afirmou a petição com mais de 300 assinaturas.

Grupos humanitários, por sua vez, escreveram uma carta aberta ao presidente russo, Vladimir Putin, pedindo-lhe que ponha fim aos combates. "A guerra é uma catástrofe humanitária que leva à dor e ao sofrimento. Consideramos soluções violentas para conflitos políticos desumanos e apelamos por um cessar-fogo e o início das negociações."

As autoridades russas reprimiram a dissidência e prenderam mais de 2.000 pessoas em manifestações realizadas nos dias que se seguiram à invasão.

ek (AP, DPA, Reuters)