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Esporte

Promotoria espanhola pede dois anos de prisão para Neymar

23 de novembro de 2016

Atacante brasileiro responde por corrupção e fraude em sua transferência do Santos para o Barcelona. Acusação pede ainda o pagamento de uma multa de 10 milhões de euros.

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Neymar em jogo da seleção contra a África do Sul nos Jogos Olímpicos de 2016
Neymar pode enfrentar dois anos de prisão em caso de corrupçãoFoto: Reuters/U. Marcelino

O Ministério Público espanhol pediu nesta quarta-feira (23/11) dois anos de prisão e 10 milhões de euros de multa a Neymar, e cinco anos para o ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell, por crimes de corrupção e fraude na contratação do atacante brasileiro.

A queixa havia sido realizada pelo fundo brasileiro DIS, que possuía 40% dos direitos federativos de Neymar na época de sua transferência do Santos para o clube catalão em 2013.

O promotor da Audiência Nacional José Perals reivindica ainda o pagamento de 8,4 milhões de euros de multa para o clube espanhol e 7 milhões para o Santos. Perals, no entanto, pediu o arquivamento da causa para o atual presidente do Barcelona, Josep María Bartomeu, por falta de indícios contra ele.

As autoridades também solicitaram dois anos de prisão para o pai de Neymar e um ano para sua mãe, ambos pelo crime de corrupção, além de reivindicarem a cada um deles a mesma multa de 10 milhões de euros que o promotor pediu para o jogador e requisitarem uma multa de 1,4 milhão de euros para a empresa familiar N&N.

A DIS alega ter sido enganada quanto ao valor real da transferência. Inicialmente, o Barcelona anunciou custos de 57,1 milhões de euros, 17,1 dos quais teriam sido pagos a Santos e o restante à N&N. As autoridades espanholas, contudo, acreditam que os custos chegaram a 83,3 milhões. O DIS recebeu 6,8 milhões, 40% do que foi pago a Santos.

A decisão é mais um revés para a imagem do clube, assim como do jogador, que assinou um novo contrato para permanecer no Barcelona até 2021.

IP/efe/afp/ap