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Prisão de Alcaçuz é palco de novo confronto entre detentos

19 de janeiro de 2017

Membros de facções rivais iniciam batalha campal dentro da penitenciária, jogando paus e pedras uns nos outros. Polícia reage com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.

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Foto: Reuters/J. Goncalves

Detentos de facções rivais entraram em confronto nesta quinta-feira (19/01) na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, onde, no fim de semana passado, foram mortos 26 presos. Os detentos estavam separados por uma barricada construída no pátio da prisão, mas, aparentemente, um grupo derrubou a barreira e os internos começaram uma batalha campal.

Exibindo facões e barras de ferro, membros das duas facções rivais da unidade, o Sindicato do Crime do Rio Grande do Norte e o Primeiro Comando da Capital (PCC), avançaram uns contra os outros, jogando paus, pedras e outros objetos.

A polícia tentou conter a situação com bombas de efeito moral e balas de borracha. Vários disparos foram ouvidos do lado de fora do presídio. A cada vez que membros de uma facção avançavam contra os membros da outra, a polícia reagia com tiros de bala de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para tentar impedir um confronto direto.

As cenas do combate foram transmitidas ao vivo pela televisão. Grupos de presos foram filmados transportando em carrinhos de mão alguns detentos feridos para dentro dos pavilhões. É possível ver fumaça saindo de pavilhões da penitenciária.

A Polícia Militar faz o patrulhamento da área externa do presídio, para tentar retomar o controle da situação e evitar fugas, enquanto helicópteros sobrevoam o local. Este é o quinto dia consecutivo em que os detentos sobem nos telhados dos pavilhões e se espalham pelo pátio do estabelecimento.

Nesta quarta-feira, a crise carcerária se estendeu às ruas do Rio Grande do Norte. Em Natal, duas delegacias foram alvos de tiros, enquanto ônibus foram incendiados na capital potiguar e em outras cidades do interior. O acirramento do conflito acontece depois de 220 presos de Alcaçuz serem transferidos para outra cadeia do estado. 

No final de semana, a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, a maior do RN, foi cenário de uma rebelião entre facções que terminou com um saldo de 26 mortos - 15 deles decapitados. O episódio teria sido ato de retaliação pelo massacre ocorrido em presídio de Manaus no começo do ano, quando 56 pessoas morreram.  

IP/efe/abr/ots