Presidente chinês defende proibição de armas nucleares
18 de janeiro de 2017Durante um discurso na sede da ONU em Genebra, o presidente da China, Xi Jinping, defendeu nesta quarta-feira (18/01) a proibição e destruição das armas nucleares. O país é um dos cincos que têm permissão para possuir um arsenal nuclear, com base no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.
"Armas nucleares deveriam ser completamente proibidas e destruídas ao longo do tempo para tornar o mundo livre de armas nucleares", disse o presidente chinês, ao lado do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
Além da China, a Rússia, o Reino Unido, a França e os Estados Unidos podem ter legalmente um arsenal nuclear. A organização Associação de Controle de Armas estima que a Rússia possua 7.300 ogivas nucleares, os EUA, cerca de 7.100, a França teria 300, a China, 260, e o Reino Unido, 215. Além desses países, Paquistão, Índia e Coreia do Norte têm armas nucleares. Israel também é considerado uma potência nuclear, mas nunca confirmou essa informação.
O discurso foi feito no último dos quatro dias de viagem oficial de Xi à Suíça, que incluiu a participação do líder chinês no Fórum Econômico Mundial em Davos. Nesta quarta-feira, Xi visitou também o Comitê Olímpico Internacional (COI), sendo primeiro presidente do país a ir ao local.
Esse foi o segundo discurso surpreende de Xi na Suíça. Em Davos, na terça-feira, o presidente defendeu veemente o Acordo de Paris, que determina as diretrizes universais para o combate ao aquecimento global. Xi considerou que o objetivo do acordo é "uma responsabilidade que deve ser assumida para as gerações futuras", vinculando a China, o principal país emissor de gases com efeito de estufa, ao seu cumprimento.
CN/rtr/apf/lusa