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Crise de governo

Agências (sm) 8 de março de 2008

Divergências com o presidente sérvio em relação à declaração de independência do Kosovo levaram o premiê Vojislav Kostunica a renunciar em Belgrado.

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Vojislav Kostunica propõe novas eleições para 11 de maioFoto: AP
O primeiro-ministro sérvio, Vojislav Kostunica, anunciou sua renúncia neste sábado (08/03). O Parlamento discutirá na segunda-feira sua dissolução. Kostunica sugeriu que as novas eleições sejam realizadas 11 de maio, data em que a população sérvia vai às urnas eleger os governantes municipais. Há poucos dias, o premiê sérvio havia se referido a uma profunda crise de governo, acusando seus parceiros de coalizão de terem desistido de lutar para manter o Kosovo integrado ao território sérvio em prol de melhores relações com o Ocidente. Declaração de independência do Kosovo racha governo A renúncia de Kostunica marca o fim de um conflito com o presidente pró-ocidental Boris Tadic e seu partido. A coalizão de governo durou dez meses. O Partido Democrata da Sérvia (DSS), de Kostunica, havia apoiado uma resolução parlamentar dos oposicionistas do Partido Radical (SRS), segundo a qual o governo em Belgrado deveria impor a integridade territorial da Sérvia como condição de negociações com a União Européia. Isso implicaria que os países europeus voltassem atrás no reconhecimento da independência do Kosovo. Os partidos pró-ocidentais, que consideram irreversível a fundação de um Estado, acham que esse passo só bloquearia o processo de integração à UE. A resolução foi vetada pelo gabinete de governo, mas ainda poderá passar pelo crivo do Parlamento. Dois terços dos países da UE reconhecem Kosovo No dia 17 de fevereiro, os albaneses do Kosovo declararam independência em relação à Sérvia. As negociações sobre o status da província duraram anos e não levaram a nenhum consenso. Os Estados Unidos e dois terços dos países-membros da União Européia, entre os quais a Alemanha, reconheceram o novo Estado. Desde a guerra dos Bálcãs de 1999, o Kosovo estava sob administração das Nações Unidas. Uma missão da União Européia deverá substituir as tropas internacionais estacionadas ali até então.