A chanceler federal alemã Angela Merkel disse nesta terça-feira (19/01):
"Apesar de todos os nossos esforços para conter a propagação do vírus, há uma ameaça séria, que hoje vemos com mais clareza do que em 5 de janeiro. Trata-se da mutação do vírus que apareceu não apenas, mas também no Reino Unido e na Irlanda."
"Detectamos esse vírus mutante na Alemanha. No entanto, não sabemos exatamente em que quantidade, mas casos individuais são conhecidos. Os cientistas nos disseram que ainda não é dominante. Ainda há tempo para conter o perigo. E seria completamente errado pensar que temos todo o tempo do mundo para agir. Precisamos agir agora. E foi isso que me motivou e a todos durante as discussões hoje."
"Sabemos que se a taxa de infecção for baixa, o vírus mutante também terá menos chance de se espalhar. Por isso decidimos seguir esse caminho, acelerar a redução do número de infecções por meio de medidas adicionais. Ou seja, agimos por precaução para nosso país, como precaução para a saúde dos nossos cidadãos, e também como precaução para a economia e o trabalho, que sofreriam com um aumento explosivo do número de infecções."
"Há sérios indícios de que a mutação B117 do vírus Sars-Cov-2 se espalha mais entre crianças e adolescentes do que o vírus anterior. Temos que levar esses indícios a sério e é por isso temos que estender a decisão de 13 de dezembro de 2020 até 14 de fevereiro 2021. E temos que implementar essas decisão de maneira restritiva, como concordamos após uma longa discussão. Escolas ficarão fechadas, não haverá obrigatoriedade de presença. Nos jardins de infância, o procedimento será semelhante."
"Podemos fazer o que quisermos aqui, mas não teremos sucesso se outros não trabalharem em sincronia. Eu sei que países vizinhos como Dinamarca e Holanda também se ocuparam hoje com uma intensificação das medidas. Mas temos que ter certeza de que todos os nossos países vizinhos estão trabalhando na mesma direção. Se não for esse o caso, teremos que tomar precauções e questionar as pessoas que entram no país."