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PolíticaPolônia

Poloneses vão às ruas pela permanência na União Europeia

10 de outubro de 2021

Temendo um "Polexit" após decisão judicial colocando Consituição acima das leis da UE, oposicionista Donald Tusk convocou passeatas para expressar sentimento pró-UE da população: "Ninguém salvará a Polônia por nós".

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Manifestantes carregam bandeiras, sobretudo da UE, edifício histórico ao fundo
Protesto em Varsóvia: manifestantes pró-Bruxelas tomaram ruas em defesa da filiação à UEFoto: Czarek Sokolowski/AP Photo/picture alliance

Multidões se reuniram neste domingo (10/10) em grandes cidades de toda a Polônia – incluindo Varsóvia, Cracóvia e Poznań – para se manifestar em prol da continuidade do país na União Europeia (UE).

Trata-se de uma reação à recente deliberação de um tribunal superior de que a Constituição polonesa teria primazia sobre algumas leis da UE. Críticos do governo do partido nacionalista de direita Lei e Justiça (PiS) temem que a sentença possa resultar na saída da Polônia do blocou europeu, já apelidada "Polexit".

O principal líder oposicionista do país, Donald Tusk, foi quem convocou o protesto em defesa da permanência da Polônia no bloco de 27 países. "Temos que salvar a Polônia, ninguém fará isso por nós", tuitou o ex-presidente do Conselho Europeu antes das manifestações.

Ameaça de Polexit – ou expulsão

O correspondente da DW Jack Parrock, que acompanhou a passeata na Praça do Castelo, no centro de Varsóvia, confirma que o manifestantes enviaram uma mensagem clara de que querem permanecer na UE.

"Lá em 2003, quando a Polônia assinou os tratados para integrar a UE, houve cenas semelhantes nesta mesma praça, agitavam-se bandeiras da UE, mas o clima era de júbilo. Desta vez há apreensão, e a reivindicação de que o governo volte atrás na campanha para tentar manter a Constituição polonesa acima de certas partes da lei europeia", relatou Parrock.

Na última quinta-feira, o Tribunal Constitucional da Polônia declarou diversos artigos dos tratados da UE incompatíveis com a lei nacional. Poloneses pró-Bruxelas temem que, após essa decisão judicial, o país acabe sendo forçado a definir se quer renunciar à filiação à UE, ou mesmo ser expulso dela.

av/as (AFP,AP,DPA)