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Planetas do sistema Trappist podem ter água em abundância

5 de fevereiro de 2018

Estudo revela que sete planetas descobertos recentemente podem conter mais água que a Terra e são potencialmente habitáveis. Sistema é maior esperança atual na busca por evidências de vida extraterrestre.

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Imagem da Nasa esquematiza sistema Trappist-1
Imagem da Nasa esquematiza sistema Trappist-1Foto: NASA/JPL-Caltech

Sete planetas recentemente descobertos na órbita de uma estrela na Via Láctea podem ter água em abundância e são potencialmente habitáveis, revelaram pesquisadores nesta segunda-feira (05/02).

Embora ainda se conheça pouco sobre as superfícies e atmosferas dos planetas do sistema chamado de Trappist-1, os cientistas não descartam a possibilidade de estes corpos celestes abrigarem alguma forma de vida rudimentar.

De acordo com estudos publicados pela revista científica Nature, os planetas são compostos principalmente por rochas, e até 5% de sua massa é formada por água. Na Terra, a água corresponde a apenas 0,02% da massa do planeta.

Não se sabe, no entanto, se a água dos planetas do sistema Trappist-1 está em estado líquido, o que é essencial para a existência de vida. A equipe de pesquisadores internacionais afirmou que ela pode estar na forma gasosa ou congelada, ou presa dentro de rochas.

Como são os planetas descobertos pela Nasa?

Todos os sete planetas foram considerados candidatos potenciais para abrigar água. O sistema é a maior esperança atual de pesquisadores para localizar evidências de vida extraterrestre.

"Todos os sete planetas se assemelham notavelmente a Mercúrio, Vênus, Terra, Lua e Marte", afirmou o coautor do estudo Amaury Triaud, da Universidade de Birmingham.

O terceiro e o quarto planeta do sistema a partir da estrela são os que têm maior probabilidade de serem habitáveis, segundo o coautor do estudo Simon Grimm, da Universidade de Berna.

Dos sete planetas, o quarto, chamado de Trappist-1e, é o mais parecido com a Terra. Embora ainda haja há muitas incógnitas sobre sua atmosfera e condições de sua superfície. Ele é, porém, o único com uma densidade semelhante à da Terra, o que sugere que pode ter um núcleo denso de ferro e e não necessariamente uma atmosfera espessa, um oceano ou uma capa de gelo.

Já os planetas 1b e c parecem ter núcleos rochosos e atmosferas muito mais gasosas do que a Terra. Os corpos 1f, g e h estão suficientemente distantes de sua estrela para que água possa congelar e formar uma camada de gelo na superfície. Segundo os pesquisadores, se possuírem uma atmosfera fina é provável que possam ter moléculas pesadas, como o dióxido de carbono.

O sistema Trappist-1 foi descoberto há um ano. Os planetas foram identificados com ajuda do telescópio espacial Spitzer, da Nasa, enviado ao espaço em 2003. Os corpos giram em órbitas planas e ordenadas ao redor da Trappist-1, uma estrela pequena e fria, localizada a cerca de 40 anos-luz da Terra, na constelação de Aquário. 

CN/efe/afp

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